O nosso Presidente da República disse coisas sobre a corrupção: Dia Internacional contra a Corrupção.
5 parágrafos, curtinhos. O primeiro, diz não sei quê do esforço nacional. O segundo, diz não sei quê sobre o bem comum. No terceiro, diz não sei quê de um sobressalto. No quarto, diz não sei quê acerca de não sei quê. E no quinto, diz não sei quê ética e jovens. Há câmaras de vácuo com muito mais substância no seu interior do que a inanidade acima disponível para leitura.
O problema não está no comunicado, este apenas um sintoma. O problema é que, a caminho de 10 anos como Chefe de Estado, ninguém se lembra de Marcelo ter alguma vez dito coisa que valesse a pena reter por alguns segundos na esperança de ter vestígios de relevância acerca do tema. O que contrasta com o seu ainda mais longo passado como comentador-mor, onde gastou centenas ou milhares de horas a gozar à brava com os casos de “corrupção” que foram entalando e queimando magotes de socialistas.
Talvez a corrupção seja uma cena que tenha desaparecido assim que entrou no Palácio de Belém, posto que Sócrates coiso. Pelo menos, no mínimo, não está preocupado com o tal fenómeno que continua a alimentar a indústria da calúnia e a direita decadente. Se estivesse, conseguiria dizer algo de factual, concreto, tangível sobre corrupção em Portugal. Não consegue, caso encerrado.
Honra lhe seja, imita os caluniadores profissionais. Se estes também não conseguem apresentar sequer um número a respeito, por que razão haveria um tipo que ofende os portugueses estar a chatear-se com matéria tão abstrusa e perigosamente definidora do carácter de quem sobre ela discursa?
17 Dezembro 2024 às 9:09 por Valupi
Do blogue Aspirina B
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