E as escolhas maioritárias dos georgianos, tanto nas eleições legislativas que deram o partido do Sonho Georgiano como largamente vencedor (62%) , assim como a eleição de Mikheil Kavelashvili por um colégio eleitoral para a presidência, conseguiram, finalmente, tudo o indica, desfazer o golpe de Estado comandado do palácio presidencial por Salome Zourabichvili, presidente agora cessante e apoiada por uma tropa de choque de extremistas generosamente apoiados pela UE e pela NATO. Salome Zourabichvili nasceu e cresceu em França no seio de uma família que estava ausente do país natal desde 1921, foi diplomata francesa e embaixadora francesa em Tbilisi, até obter a nacionalidade georgiana que lhe permitiu a eleição para a chefia do Estado, em 2018. É uma estrangeira, inteiramente dominada por interesses estrangeiros, pelo que com propriedade a poderemos classificar como um agente. Após semanas de grande violência que lembram o golpe de Estado na Ucrânia, em 2014, Zourabichvili não só recusou os resultados das legislativas como se recusou deixar o seu lugar. Ontem, foi alijada por força das disposições constitucionais. Falhou a tomada do poder por partidos que não totalizam 20%, se bem que na UE parece prevalecer a ideia que eleições justas só são aquelas em que vencem aqueles considerados conformes com os «valores europeus», i.e., com a NATA e a UE. Os georgianos estão finalmente livres da ingerência e não querem a colonização de Washington e Bruxelas.
Umas de maior importância que outras. Outrora assim acontecia. É por isso que gosto de as relatar para os mais novos saberem o que fizeram os seus antepassados. Conseguiram fazer de uma coutada, uma aldeia, depois uma vila e, hoje uma cidade, que em tempos primórdios se chamou Fredemundus. «(Frieden, Paz) (Munde, Protecção).» Mais tarde Freamunde. "Acarinhem-na. Ela vem dos pedregulhos e das lutas tribais, cansada do percurso e dos homens. Ela vem do tempo para vencer o Tempo."
Rádio Freamunde
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