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domingo, 15 de dezembro de 2024

A legalidade constitucional:

E as escolhas maioritárias dos georgianos, tanto nas eleições legislativas que deram o partido do Sonho Georgiano como largamente vencedor (62%) , assim como a eleição de Mikheil Kavelashvili por um colégio eleitoral para a presidência, conseguiram, finalmente, tudo o indica, desfazer o golpe de Estado comandado do palácio presidencial por Salome Zourabichvili, presidente agora cessante e apoiada por uma tropa de choque de extremistas generosamente apoiados pela UE e pela NATO. Salome Zourabichvili nasceu e cresceu em França no seio de uma família que estava ausente do país natal desde 1921, foi diplomata francesa e embaixadora francesa em Tbilisi, até obter a nacionalidade georgiana que lhe permitiu a eleição para a chefia do Estado, em 2018. É uma estrangeira, inteiramente dominada por interesses estrangeiros, pelo que com propriedade a poderemos classificar como um agente. Após semanas de grande violência que lembram o golpe de Estado na Ucrânia, em 2014, Zourabichvili não só recusou os resultados das legislativas como se recusou deixar o seu lugar. Ontem, foi alijada por força das disposições constitucionais. Falhou a tomada do poder por partidos que não totalizam 20%, se bem que na UE parece prevalecer a ideia que eleições justas só são aquelas em que vencem aqueles considerados conformes com os «valores europeus», i.e., com a NATA e a UE. Os georgianos estão finalmente livres da ingerência e não querem a colonização de Washington e Bruxelas.

Miguel Castelo Branco

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