Ontem, Ventura festejou a morte de um cidadão
pela polícia. Fez a apologia da execução a tiro de pessoas que tenham
comportamentos suspeitos ou reacções agressivas. Sem ser preciso saber mais
nada a respeito delas do que os agentes policiais considerem suficiente, no
momento, para disparar a matar — mesmo que a sua integridade física não esteja
em perigo. Devem matar desde que os alvos em causa tenham aparência de
“bandidos”, especialmente se forem escurinhos, é a tese do pulha.
Ele disse isto. Várias vezes. Embora não seja a primeira vez que lança apelos à violência contra adversários políticos e certos segmentos da população, a opção de ser explícito ao defender o crime de assassinato por polícias coloca uma questão interessante ao regime, ao sistema partidário e à comunidade.
Que é esta: do actual Presidente da República, passando por todos os governantes e líderes partidários, e acabando nos editores e jornalistas da imprensa dita “de referência”, haverá alguém que não aceite ser cúmplice, com o seu silêncio, deste sórdido ex-candidato autárquico do PSD? Ou estaremos, definitivamente, no reino da cobardia?
23 Outubro 2024 às 8:48 por Valupi
Do blogue Aspirina B
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