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sábado, 26 de outubro de 2024

Pedro Pinto mostrou-nos o CH como ele é:

O líder parlamentar do CH, Pedro Pinto, mostrou por estes dias ao país porque é que o seu partido é muito mais que radical: é extremista.

Extremista, violento e perigoso.

Quando alguém com as responsabilidades de Pedro Pinto vai à televisão dizer que “Se calhar, se [os polícias] disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem.”, está a dizer-nos outras coisas, para lá da clara apologia da violência que deve ser sujeita à avaliação urgente dos tribunais.

Está a dizer-nos que:

  1. Os polícias podem aplicar sentenças de morte.
  2. O Estado de Direito e a Democracia são irrelevantes para o CH.
  3. Tem um entendimento de “ordem” exactamente igual ao de Putin ou Xi.

Fica mais que evidente aquilo que podemos esperar de um governo do ou com o CH: um estado policial, autoritário, sem espaço para direitos humanos, liberdades ou garantias.

Um Estado em que o conceito de “ordem” corresponde ao conceito de “respeito” do Estado Novo: um conceito imposto pela coação e pela brutalidade.

O CH é a maior ameaça à democracia portuguesa.

Quem pactua com este partido, escolhe claramente a trincheira em que quer estar.

E de pouco ou nada lhes adianta a lengalenga do partido “anti-sistema”: o CH é financiado por algumas das famílias mais poderosas do país, que controlam parte significativa da economia e dos negócios com o Estado.

O mesmo vale para a balela do combate à corrupção: se isso fosse mais do que propaganda, Ventura não passava a vida a endeusar um dos políticos mais corruptos da Europa, Viktor Orbán, lacaio de Putin e peça chave da expansão económica da China na União.

E, finalmente, a ideia da moral e da defesa dos valores cristãos: a extrema-direita portuguesa não defende a moral ou os valores cristãos. Usa-os no seu proveito.

A moral e os valores cristãos são a antítese do ódio e da divisão que semeiam.
A antítese da perseguição voraz que fazem a quem é diferente.
A antítese de mentira e da manipulação que usam contra nós.
A antítese de figuras devassas e abjectas como Trump.
A antítese de exigir que se matem mais pessoas.

A extrema-direita é o tumor maligno das democracias liberais.

É preciso extirpá-lo.

Do blogue Aventar

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