Extremista, violento e perigoso.
Quando alguém com as responsabilidades de Pedro Pinto vai à televisão dizer que “Se calhar, se [os polícias] disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem.”, está a dizer-nos outras coisas, para lá da clara apologia da violência que deve ser sujeita à avaliação urgente dos tribunais.
Está a dizer-nos que:
- Os polícias podem aplicar sentenças de morte.
- O Estado de Direito e a Democracia são irrelevantes para o CH.
- Tem um entendimento de “ordem” exactamente igual ao de Putin ou Xi.
Fica mais que evidente aquilo que podemos esperar de um governo do ou com o CH: um estado policial, autoritário, sem espaço para direitos humanos, liberdades ou garantias.
Um Estado em que o conceito de “ordem” corresponde ao conceito de “respeito” do Estado Novo: um conceito imposto pela coação e pela brutalidade.
O CH é a maior ameaça à democracia portuguesa.
Quem pactua com este partido, escolhe claramente a trincheira em que quer estar.
E de pouco ou nada lhes adianta a lengalenga do partido “anti-sistema”: o CH é financiado por algumas das famílias mais poderosas do país, que controlam parte significativa da economia e dos negócios com o Estado.
O mesmo vale para a balela do combate à corrupção: se isso fosse mais do que propaganda, Ventura não passava a vida a endeusar um dos políticos mais corruptos da Europa, Viktor Orbán, lacaio de Putin e peça chave da expansão económica da China na União.
E, finalmente, a ideia da moral e da defesa dos valores cristãos: a extrema-direita portuguesa não defende a moral ou os valores cristãos. Usa-os no seu proveito.
A moral e os valores cristãos são a antítese do ódio e da divisão que semeiam.
A antítese da perseguição voraz que fazem a quem é diferente.
A antítese de mentira e da manipulação que usam contra nós.
A antítese de figuras devassas e abjectas como Trump.
A antítese de exigir que se matem mais pessoas.
A extrema-direita é o tumor maligno das democracias liberais.
É preciso extirpá-lo.
Do blogue Aventar
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