Zelensky recusou-se a receber
Guterres depois de "humilhação" em Kazan. Em causa a visita do
português à cidade russa de Kazan, no âmbito da cimeira dos BRICS, onde esteve
com Vladimir Putin, presidente da Rússia.
DN/Lusa
Zelensky recusou-se a receber
Guterres depois de "humilhação" em Kazan
O secretário-geral da ONU,
António Guterres, com o presidente russo, Vladimir Putin, na cidade de Kazan, à
margem da Cimeira dos BRICS EPA/ALEXANDER NEMENOV / POO
Guterres foi à reunião dos BRICS
pedir a paz em Gaza, no Líbano e na Ucrânia
O presidente ucraniano, Volodymyr
Zelensky, recusou-se a receber o secretário-geral da ONU, António Guterres, em
Kiev devido à visita do português à cidade russa de Kazan, no âmbito da cimeira
dos BRICS, onde se encontrou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A
informação foi avançada pela AFP.
"Depois de Kazan, ele
(Guterres) quis vir à Ucrânia, mas o presidente não confirmou a sua
visita" face ao que Zelensky considerou uma humilhação infligida ao
direito internacional em Kazan, afirmou um alto funcionário presidencial
ucraniano à AFP, sob condição de anonimato.
Na quinta-feira, António Guterres
defendeu um "cessar-fogo imediato" em Gaza e apelou à paz no Líbano e
na Ucrânia, ao intervir na reunião dos BRICS, bloco das principais economias
emergentes, com os países do Sul Global.
"Precisamos de paz em todo o
lado. Precisamos de paz em Gaza com um cessar-fogo imediato e uma libertação
imediata e incondicional de todos os reféns", disse Guterres, recentemente
declarado 'persona non grata' pelo Governo israelita.
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Em solo russo, Guterres também
apelou à paz na Ucrânia: "Uma paz justa, em conformidade com a Carta das
Nações Unidas, o direito internacional e as resoluções da Assembleia
Geral".
A ofensiva militar russa no
território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa
naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda
Guerra Mundial (1939-1945).
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O grupo BRICS, fundado
informalmente em 2006 e que realizou a sua primeira cimeira em 2009, inclui
países que representam cerca de um terço da economia mundial e mais de 40% da
população global.
Brasil, Rússia, Índia, China,
África do Sul, Etiópia, Irão, Egito e Emirados Árabes Unidos integram
atualmente o bloco.
Caça - Chalupas pela "Verdade"
Do blogue do Carlos Fino
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