A imagem do Pártenon iluminado por um sol enevoado pelas cinzas das chamas, que cercam Atenas, é metáfora polissémica, que poderemos discriminar em duas das mais pertinentes nestas circunstâncias.
Há, evidentemente, o esplendor de uma civilização em risco por causa dos fenómenos climáticos, que os líderes políticos não conseguem minorar por representarem os que se marimbam para as iminentes distopias tão-só continuem a dar satisfação à tóxica adição pela ganância de mais capital.
Internamente, podemos ver a imagem como algo parecido com o caos na Saúde sendo Luís Montenegro o Nero tocador de lira, enquanto Roma ardia em chamas. Porque se não são conhecidos dotes musicais no ainda primeiro-ministro, a ida a França arvorando ridícula vestimenta, mais não teve outro objetivo que não o de distrair as atenções quanto a uma situação criada por uma ministra com tão falta de jeito para o cargo, que criou uma política de terra queimada ao assumi-lo e, agora, aqui d’el-rei que os maus da fita são os que lhe “legaram tão pesado fardo”.
Quando o anão de Azurém faz-se boneco do ventríloquo Marcelo, apelando à colaboração entre os dois maiores partidos para salvarem o SNS, deveria antes lembrar que havia uma reforma consistente a ser levada à prática e. de súbito, atirada para o caixote do lixo.
A falta de ponderação nas consequências dos factos é sina deste (des)governo, que nem os sabe prever. Querem outra metáfora? É bem elucidativa a tentativa de Montenegro colar-se a uma suposta medalha olímpica na canoagem e, à mesma hora, serem dois ciclistas quem, não longe dali, a ganhavam. Trata-se do feitio que de quem anda nada faz, mas não poupa nas poses para a fotografia!
Publicada por jorge rocha
Do blogue Ventos Semeados
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