Em que a UE adoptou a decisão de iniciar as negociações para a adesão da Ucrânia, o Politico, jornal insuspeito de qualquer simpatia para com a Rússia, anunciava que o regime de Kiev arbitrariamente envia para a frente, e portanto para uma razoável probabilidade de morte, os jornalistas incómodos, nomeadamente os que investigam casos de corrupção. São os próprios jornalistas ucranianos que o afirmam. Evidentemente que a corrupção endémica não é o único ponto em relação ao qual a Ucrânia objectivamente não preenche os critérios estabelecidos para que um país possa ser admitido. Na Ucrânia não há Estado de Direito, não há oposição legal, não há liberdade de informação, não há eleições, não há separação de poderes e, necessariamente, não há um poder judicial independente. O Salazar deve dar voltas no túmulo. Nos últimos anos do seu consulado foi-lhe fechada a porta a uma aproximação à CEE porque o regime não era suficientemente frequentável. Nos dias de hoje poderia aderir à UE com guerra colonial, ditadura, censura, PIDE e até poderia reabrir o Tarrafal desde que só enviasse russos para lá.
Jorge De Freitas Monteiro
Sem comentários:
Enviar um comentário