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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Os números são medonhos:

 E há quem reveja em alta o relatório da Mossad sobre a guerra entre a Rússia e a NATO. Segundo os serviços secretos israelitas, o regime de Kiev terá perdido só em Bakhmut entre 14 e 20 brigadas, ou seja, 76.000 homens e sofrido baixas que se aproximarão dos 90%. Se destes 90%, 30% corresponderem a falecidos, Kiev contabilizará 30.000 mortos e 60.000 feridos para defender um ponto ignoto que, dizem agora os ocidentais, não possuiu qualquer valor.

Entretanto, ganham verosimilhança os cálculos segundo os quais o total de mortos ucranianos se aproxima dos 200.000, sendo que os russos, milícias do Donbass, cossacos e chechenos terão sofrido 20.000 baixas mortais, ou seja uma para cada dez inimigos. Mas há quem insista em reeditar na estepe ucraniana os desastres do Paraguai na Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), pela qual a nação guarani perdeu a quase totalidade dos homens adultos, antes de lançar na fornalha crianças que mal conseguiam carregar os fuzis. A caça aos recrutas continua na Ucrânia e é demonstrativa da penúria de homens. No Ocidente, encantado por os ucranianos estarem a fazer a guerra que ocidental algum aceitaria, ninguém emite a menor reserva, nem contesta a finalidade de uma guerra sem qualquer horizonte de vitória. Quando as hostilidades terminarem, os ucranianos tremerão de espanto e indignação e medirão o erro que cometeram ao aceitarem fazer de gladiadores para um Ocidente que os usou e enganou. O tempo di-lo-á.

Miguel Castelo Branco

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