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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

O João é um militante liberal:

O João é a favor da privatização do Serviço Nacional de Saúde. O João tem um seguro de saúde pelo qual paga 80,00 € mensais (960,00 € por ano).

O João acordou com uma dor no peito e, como é contra o Serviço Nacional de Saúde, pegou no seu BMW e foi à urgência de um hospital privado.
Na urgência do hospital privado o João foi avaliado pelo médico que o colocou num cadeirão, deu-lhe um comprimido para o acalmar e fez-lhe um eletrocardiograma.
O médico disse ao João que ele estava a ter um enfarte e que tinha de ser operado com urgência. O João accionou de imediato o seguro de saúde.
Entretanto o hospital informou o João que para ser operado teria de pagar 10 000,00 € adiantados e que, mais tarde, quando o seguro de saúde pagasse a operação ao hospital, o hospital devolver-lhe-ia o dinheiro.
Como o João não tinha 10 000,00 € o hospital não o operou. Chamou uma ambulância do INEM (do Estado) que levou o militante liberal para a urgência de um hospital público.
Mal chegou ao hospital público o João foi tratado, operado. O João foi salvo pelo Serviço Nacional de Saúde.
No final o João teve de pagar 125,00 € ao hospital privado pelo conforto do cadeirão, pelo comprimido e pelo electrocardiograma.
O hospital público não cobrou nada pela operação porque os descontos salariais que o João faz, servem para estas situações, entre outras.
Conclusão: se o João tivesse esperado pelo seguro de saúde, teria morrido no hospital privado. Não sejam como João, o militante liberal. Quando tudo for privado nós ficaremos privados de tudo

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