A maioria absoluta subiu-lhe à cabeça (eu, que fiz campanha a favor dela, penitencio-me) e o António Costa já nos quer habituar aos seus caprichos políticos (em tudo idênticos aos de António Guterres 'in illo tempore'), ao ponto de eu já nem saber porque carga d'água é que a direita (extrema-direita incluída) o quer substituir, desalojando-o do poder. Mais vale combinarem com ele uma partilha razoável...
Não se esqueçam que o António Guterres. quando foi secretário-geral do PS e primeiro-ministro de um Governo social-liberal, foi também a favor dos bombardeamentos na Jugoslávia, sobretudo Belgrado, por aviões da USAir Force integrados na NATO, e chegou a scretário-geral da ONU, onde, de súbito, se tornou invisível (para não "chatear" o Biden, chefe da hiperpotência que financia a ONU. Mas eu acho que o Costa visa mais alto - não, não é vir a ser PR a seguir a Marcelo. O que ele quererá é vira a ser secretário-geral da NATO (também financiada pela hiperpotância). E qual é propósito? É dar cabo da Rússia, da China, da Índia? É construir um impossível Mundo Ocidental que vá desde a Califórnia e do Alaska, até à costa do Bangla Desh, ou melhor, a de Taiwan?
Esta gente tão ufana como o sapo (que se enfuna tanto que acaba por estoirar) situa-se assim tão longe da realidade? E depois, mais domesticamente, olhando para Portugal, por que carga d'água vir a desfazer o que fez Mário Soares (enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo Provisório) ao restabelecer as relações diplomárticas com a Russia então União Soviética e (enquanto primeiro-ministro dos dois primeiros Governos constitucionais) ao restabelecer as relações diplomáticas com a China?!
Alfredo Barroso
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