Como bem explica Jacques Sapir, a economia russa não é do tamanho da economia espanhola, nem é a sexta economia mundial, como mostra o gráfico, mas uma das quatro maiores do planeta, juntamente com as dos EUA, da China e da Índia, pois, sem ela, todas as restantes entram em grave recessão. Sapir calcula em 10% o peso da Rússia na economia mundo, colocando-a em terceiro lugar entre as maiores.
O comportamento do Rublo mostra-o à saciedade, pois não só não colapsou, como foi a moeda mais forte do ano e ameaça substituir o petrodólar como unidade de conta e pagamento de matérias primas essenciais e sem as quais o conjunto das economias ditas desenvolvidas entra em grave crise. Para a Europa, a crise mal começou e a fazer fé nas projecções, tanto as optimistas como as realistas, agiganta-se sobre a Europa ocidental o espectro da maior crise económica desde os anos 30, pelo que não estranhemos caso haja um súbito volte-face da retórica guerrista e um inusitado entusiasmo por negociações que levem ao fim do conflito no Leste, à divisão da Ucrânia e ao levantamento das sanções. Os governos dos membros da UE sabem que esta crise, a não ser resolvida, poderá ser o fim da UE e, mesmo, de alguns regimes.
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