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domingo, 4 de setembro de 2022

A democracia tem exigências de respeito pelos direitos humanos:

Quando não existe respeito pela dignidade da pessoa, independentemente do crime, não estamos num Estado de Direito, nem democrático, nem sequer decente e, muito menos que mereça ser tomado como farol.

O respeito é tão mais exigente quanto mais à mercê do mais forte se encontra o "outro".
Os regimes democráticos deviam ser particularmente exigentes com aa forma como tratam aqueles que estão à sua mercê, presos ou detidos. Como se vê pela foto de instrumentos de Guantanamo não são.
Não sei em que se distingue um regime que além de colocar os seus detidos num campo de concentração numa ilha (de um outro Estado, que mantem cercado - Cuba), os mantem em jaulas, com um fato de macaco laranja e com os pés em grilhetas. Mais sabemos por este artigo resultante de um livro de investigação inglês, que esse Estado, os EUA, prendia os detidos de outra nacionalidade (Britânica), libertados pela justiça desse Estado, mas com a cumplicidade dos políticos deste (Blair).
São estes, com toda a clareza, os valores que defendemos?
Uma das boas práticas de avaliação da higiene de instalações é verificar as traseiras, os WC, os armazéns, os fundos dos armários, as caves.
As traseiras do farol do Ocidente são estas. Ou não o tomamos como farol, porque é da sua natureza ser assim, ou somos seus cúmplices. E isto não quer dizer que sigamos outro farol, mas que nos tornemos num, pelo menos num regime melhor do que aquele que nos ilumina atualmente.
Carlos Matos Gomes

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