Os diretores de informação, são açuladores de instintos populares. São espicaçadores de matilhas. Os funcionários ditos jornalistas são cúmplices de um crime.
Estamos num universo de canalhas. Todos os cidadãos têm direito à dignidade em todas as circunstâncias. É por isso que sou contra a pena de morte e a degradação das pessoas, a sua exibição em momentos de debilidade, de exposição, em que está indefesa.
Estamos, os portugueses, a ser tratados como os donos tratam os seus mastins. E, pelos vistos os portugueses gostam de espetáculos destes e de serem mastins de dentes arreganhados à voz dos donos.
Estamos a ser manipulados por cobardes sem escrúpulos.
Há movimentos contra a violência doméstica, contra o racismo, contra a xenofobia, contra a tortura... E está tudo calado!
O auto de fé de um cidadão faz de nós cúmplices de um ato vergonhoso e abominável.
Eu estou envergonhado e revoltado.
Quem promove estes espetáculos são canalhas. Gente capaz de matar!
Os canalhas não me merecem nenhum respeito.
Esta atitude de hienas já ocorreu com Sócrates, com Vara, com outros e outras. Ocorrerá com aqueles que possam vender um espetáculo de sangue que dê lucro às TV.
Muitos portugueses ficaram calados e ainda mais aplaudiram a lei de Lynch.
O passo seguinte será o da caça às bruxas e aos diferentes...
Quando não há respeito por princípios o fim é sempre nojento e asqueroso.
O presidente da República, que tanto fala, o ministério público, que está aliado da PJ (de onde saem com certeza notícias), o supremo tribunal, o tribunal constitucional não têm nada a dizer? A Igreja Católica não tem nada a dizer? É que hoje até é domingo.
Carlos Matos Gomes
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