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quarta-feira, 24 de junho de 2020

O cerco de Lisboa:


OVAR – O azougado presidente da Câmara

O obscuro edil de Ovar, Salvador Malheiro, entrou na geografia mediática depois de se terem registado no concelho numerosos infetados com coronavírus. O seu incitamento à realização do Carnaval de Ovar esteve na origem da violência da situação, e a gravidade maior, fruto da leviandade, foi o anúncio do cerco sanitário no Faceboock, horas antes do anúncio governamental, violando a confidencialidade a que era obrigado e evitando a surpresa, o que permitiu a numerosos munícipes fugirem do concelho e, eventualmente, iniciarem novas cadeias de transmissão da COVID-19.
As pessoas facilmente esqueceram estes antecedentes para se fixarem no ignoto autarca que, à falta de notícias, passou a ser presença habitual nos média.
Normalizada a situação, passou a figura pública, perito em pandemias, um conselheiro voluntário da Direção Geral de Saúde e do Governo, um crítico que se julga especialista e um político que busca, através da exposição mediática e dos ataques ao Governo, fazer carreira no PSD.
Já sabe dizer “contaminação comunitária”, e recomenda o que deve ser feito em Lisboa e Vale do Tejo, ignorando a irrelevância da sua opinião, mas certo do eco que as suas invetivas contra o Governo têm audiências garantidas, com microfones abertos e jornais benevolentes.
As televisões têm-no como reserva para a falta de notícias, enquanto não exibem o auto-Dr. Marta Soares, ex-Jaime Soares, medíocre edil de Poiares, agora perito em fogos e materiais de combate, à espera de que a floresta arda e a situação se torne pavorosa.
Há figuras grotescas no panorama mediático que só o deficiente escrutínio jornalístico pode guindar a estrelas de primeira grandeza das recorrentes desgraças, cada vez mais frequentes, intensas e duradouras, em Portugal e no Mundo.
Há sempre à mão um Salvador Malheiro ou um Marta Soares para arremessar às canelas de qualquer governo à esquerda do PSD de Passos Coelho e Cavaco.
É uma pobreza, mas os média que não têm cães, caçam com estes gatos assanhados.
E Rui Rio merecia melhor gente.

Carlos Matos Gomes

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