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quinta-feira, 28 de maio de 2020

Personagens de Freamunde. Manel Joana:

Há milhentas. Umas mais nobres outras mais humildes. Mas esta terra nunca deixou de estar grata a todas elas.
A que quero relevar há um par de décadas que nos deixou. Lembro-me era menino e moço e via o seu esmero no anseio do Centro Freamunde. Com Barrisco, Enxada ou Ancinho punha os passeios e valetas limpas.
As árvores eram muitas e frondosas o que fazia com que o chão estivesse sempre cheio de folhas. Principalmente no Outono. E eram funcionários como o SeManel Joana que primavam por esses afazeres.
Havia cordialidade. Um ou outro petiz ironizava com o ofício. Mas o SeManel Joana não ligava a esses adjectivos. O que lhe importava era o anseio e a limpeza do Centro de Freamunde. Principalmente a Praça do Mercado.
E, todos os dias doze e vinte e seis de cada mês – vésperas das Feiras quinzenais –, os espaços onde os ourives expunham os seus artigos eram limpos.
Como é do conhecimento de pessoas com idade para cima dos quarenta anos sabe quais as imundícies (detritos) ali deixados.
Por tudo o que relato e com a colaboração do nosso “poeta” Rodela deixo umas quadras de sentimento de saudade à personagens de SeManel Joana.
Saudades:
O Sr. Manel Joana,
como empregado da Junta,
antes dela estar defunta,
cumpria à risca a semana.
Ele e uma Santa fulana,
que se chamava Raquel
e faziam um papel
ao gosto da terra inteira.
Dava gosto andar na Feira
com gente assim tão fiel.

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