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sábado, 4 de janeiro de 2020

Concerto:

Não me refiro ao conserto de consertar algo mas sim ao concerto de um qualquer evento seja ele musical, teatral, dançarino ou equivalente. Ao que me refiro é a um concerto musical. E que Concerto!

Ontem, durante a tarde, em conversa com um amigo ele lembrava-me do Concerto de Ano Novo que a afamada Associação Musical de Freamunde levava a efeito, no dia de ontem – como já referi – três de Janeiro de dois mil e vinte e que não devia faltar, pois ele – meu amigo – pressupunha que ele – concerto ia ter uma fraca aderência de público.
Estranhei e perguntei-lhe.

- Qual o motivo para essa estranhação?

Diz ele. - Não sabes que o Presidente da Direcção há tempos pediu a demissão e com a escolha da nova Direcção estão por lá “cobras e lagartos”. Tudo luta pelo poder.

- Disse-lhe que já me tinha “suado” qualquer coisa sobre isso e até tinha ouvido que foram buscar um presidente que nada diz a Freamunde. É natural que disse a essa pessoa embora não fosse natural e residente em Freamunde era mais Freamundense que qualquer um de nós nado e criado em Freamunde. Já tinha previsto a minha comparência juntamente com a minha esposa só caso de última hora o não faria.


Assim, por volta das vinte horas e quarenta e cinco minutos, ali apresentei-me com a minha esposa com a finalidade de deixar o meu carro próximo uma vez que a essa hora caía uma arreliada chuva miudinha. Também estranhei o facto de as luzes da Igreja do Divino Salvador estarem apagadas. E ainda mais pelas portas de acesso ao interior da igreja estarem fechadas.

Aqui senti uma pulga atrás da orelha. Queres ver que o concerto vai ser um fiasco! Afinal a reservas desse meu amigo tem fundadas razões! Talvez falta de experiência da nova Direcção. Estão a dar “ouro ao bandido”. Já tinha previsto a minha comparência juntamente com a minha esposa só caso de última hora o não faria.

Estava bastante incomodado pois estavam ali pessoas idosas – eu não me considero – em pé e ao frio há largos minutos e ainda porque à minha beira estavam pessoas de fora de Freamunde e era uma má imagem que estávamos a dar. Logo nós que nos orgulhamos pelos nossos eventos e pela maneira como somos exímios a receber quem nos honra com a sua visita. Mas isto foi sol – ou seja – noite de pouca dura.

Logo que as portas foram abertas viu-se que havia azáfama na Direcção e quem concebia o evento. As pessoas começaram a encher os bancos do anfiteatro onde ia decorrer o concerto. E foi de tal maneira que passados poucos minutos o salão estava a abarrotar de público.

Começou o concerto. Logo se viu que não se ia brincar em serviço. Tantos músicos como cantores – e que cantores!, – puseram todo o seu “profissionalismo” em acção.

E de um princípio de noite tornou-se numa noite memorável. Os meus receios dissiparam-se e deram lugar à estupefacção. É dos concertos que dão para passar uma eternidade de tempo a assistir.

Pensei nos receios do meu amigo e disse para comigo. - Não é por acaso que dizem que Freamunde é uma terra singular e põe todo o seu fervor e acção em prática.

Também o local escolhido para o concerto é do melhor. Desde as condições e acústica. Bendita a hora da sua construção.

E para finalizar. 


Agradeço às pessoas envolvidas, Associação Musical de Freamunde, cantores e demais pessoas porque estou como quem disse: não é preciso ir a Lisboa ao Centro Cultural de Belém para assistir a concertos de qualidade.

Temos-lhos aqui na nossa terra.

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