Ontem, durante a tarde, em
conversa com um amigo ele lembrava-me do Concerto de Ano Novo que a afamada
Associação Musical de Freamunde levava a efeito, no dia de ontem – como já
referi – três de Janeiro de dois mil e vinte e que não devia faltar, pois ele –
meu amigo – pressupunha que ele – concerto ia ter uma fraca aderência de
público.
Estranhei e perguntei-lhe.
- Qual o motivo para essa
estranhação?
Diz ele. - Não sabes que o Presidente da Direcção há tempos pediu a demissão e com a escolha da nova
Direcção estão por lá “cobras e lagartos”. Tudo luta pelo poder.
- Disse-lhe que já me tinha
“suado” qualquer coisa sobre isso e até tinha ouvido que foram buscar um presidente
que nada diz a Freamunde. É natural que disse a essa pessoa embora não fosse
natural e residente em Freamunde era mais Freamundense que qualquer um de nós
nado e criado em Freamunde. Já tinha previsto a minha comparência juntamente com a minha esposa só caso de última hora o não faria.
Assim, por volta das vinte horas
e quarenta e cinco minutos, ali apresentei-me com a minha esposa com a finalidade
de deixar o meu carro próximo uma vez que a essa hora caía uma arreliada chuva
miudinha. Também estranhei o facto de as luzes da Igreja do Divino Salvador
estarem apagadas. E ainda mais pelas portas de acesso ao interior da igreja
estarem fechadas.
Aqui senti uma pulga atrás da orelha.
Queres ver que o concerto vai ser um fiasco! Afinal a reservas desse meu amigo
tem fundadas razões! Talvez falta de experiência da nova Direcção. Estão a dar
“ouro ao bandido”. Já tinha previsto a minha comparência juntamente com a minha esposa só caso de última hora o não faria.
Estava bastante incomodado pois
estavam ali pessoas idosas – eu não me considero – em pé e ao frio há largos
minutos e ainda porque à minha beira estavam pessoas de fora de Freamunde e era
uma má imagem que estávamos a dar. Logo nós que nos orgulhamos pelos nossos
eventos e pela maneira como somos exímios a receber quem nos honra com a sua
visita. Mas isto foi sol – ou seja – noite de pouca dura.
Logo que as portas foram abertas
viu-se que havia azáfama na Direcção e quem concebia o evento. As pessoas
começaram a encher os bancos do anfiteatro onde ia decorrer o concerto. E foi
de tal maneira que passados poucos minutos o salão estava a abarrotar de
público.
Começou o concerto. Logo se viu
que não se ia brincar em serviço. Tantos músicos como cantores – e que
cantores!, – puseram todo o seu “profissionalismo” em acção.
E de um princípio de noite
tornou-se numa noite memorável. Os meus receios dissiparam-se e deram lugar à
estupefacção. É dos concertos que dão para passar uma eternidade de tempo a
assistir.
Pensei nos receios do meu amigo e
disse para comigo. - Não é por acaso que dizem que Freamunde é uma terra
singular e põe todo o seu fervor e acção em prática.
Também o local escolhido para o
concerto é do melhor. Desde as condições e acústica. Bendita a hora da sua
construção.
E para finalizar.
Agradeço às
pessoas envolvidas, Associação Musical de Freamunde, cantores e demais pessoas
porque estou como quem disse: não é preciso ir a Lisboa ao Centro Cultural de
Belém para assistir a concertos de qualidade.
Temos-lhos aqui na nossa terra.
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