Nada do que acontece nas
instituições está desligado das lutas internas entre os homens que as
constituem: ao mais alto nível, no Estado, a luta pelo poder está instituída
por leis e eleições.
Contudo, aos níveis intermédios,
as lutas pelo poder e sobretudo pelos poderes que podem determinar a luta pelo
poder de Estado, essas, passam-se na obscuridade dos corredores e gabinetes
fechados, interditos a não convidados e praticados na sombra dos deveres e
práticas comuns.
A guerra promovida passo a passo
a Ivo Rosa, o inesperado e repentino “julgamento” administrativo do juiz Rangel
e esposa, o julgamento arrastado anos e anos em lume brando de Sócrates, amigos
e familiares (com semelhanças aos julgamentos e condenações bárbaras até à 5ª
geração da Idade Média), assim como em contraponto as absolvições expedientes,
rápidas e sem controvérsia alguma do juiz Alexandre e outros casos que
prescrevem ou são arquivados são, sinais claros, de um pensamento, acção e
finalidade pré-determinados.
A luta diária ininterrupta contra
o Estado sob a forma de incessante campanha de descredibilização das
instituições estatais enquanto, em contraponto, se apela ao justicialismo
selvagem da justiça e sublevação das polícias e organizações obscuras são
outros sinais claros, enviados à opinião pública atenta, de uma vontade de
subverter o Estado Democrático.
A criação da anarquia geral é o
método infalível para o surgimento do “salvador” oportuno.
José Neves no facebook
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