Rádio Freamunde

https://radiofreamunde.pt/

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Meditem senhores motoqueiros:


AMOR OU ESTUPIDEZ...

Tudo começou há cerca de 30 anos quando um sr maluco porventura meu tio Nuno Fifa, num domingo de Páscoa me "obrigou" a conduzir uma famosa Yamaha DT50 sozinho. O gosto por motas que desde criança já me acompanhava, ali ficou para todo o sempre. Quis o destino que só há três anos me possibilitou de realizar o meu sonho de criança, ter habilitação para conduzir a mota para andar. Foi um bom meio de transporte para o trabalho, mas acima de tudo foram bons momentos passados ao fim de semana na companhia da minha mulher Betty Gomes e dos meus amigos Gilles Soares e Lurdes Santos. Muitos km fizemos, muitas vilas visitamos e que paisagens desfrutamos, coisas que de carro não damos conta. Quis a vida, quis o destino que da mesma forma me deu coisas inesquecíveis, me deu também coisas traumáticas.

24 de Julho de 2019, 19 horas. Devido a circunstâncias inexplicáveis e totalmente evitáveis devo ter entrado em hipoglicemia de tal forma que me levou a ter um grave acidente em plena autoestrada a uma velocidade que logicamente é impossível determinar, mas segundo a polícia era bastante elevada (bati na traseira de um vw polo consegui partir o eixo traseiro). De tal forma grave que foi que os bombeiros mais o samu (inem) demoraram perto de uma hora para me tirarem debaixo do carro (com a batida voei sobre o carro e depois fui atropelado pelo mesmo) isto contado pelos bombeiros e médicos que me assistiram pois graças a deus não me recordo de nada. Resultado: bacia partida, perna esquerda deslocada (tiveram que meter no sitio como os bonecos playmobil) clavícula esquerda partida, direita deslocada, pulso e mão direita partida, mas o pior se não chegasse foram as queimaduras pelo corpo devido ao asfalto e ao sistema de escape da viatura que ficou por cima de mim.

Mas o ponto da questão e por isso escrevi AMOR OU ESTUPIDEZ é que passado cinco meses do acidente e tendo perfeita noção das consequências que vou ter para o resto da vida, as consequências e danos que causei a toda a minha família e amigos, mesmo depois disto tudo não consigo entender se me sinto apaixonado ou se me sinto estúpido, pois a paixão pelas motas não desapareceu, contínua igual como há trinta anos atrás.

Por isso digo será AMOR ou simplesmente uma ESTUPIDEZ.

Depoimento de Vítor Hugo Ribeiro Mendes Ferreira Pacheco no facebook

Sem comentários:

Enviar um comentário