Não sou do Porto mas gosto muito do Porto. Não sou, portanto, eleitora
de Rui Moreira ou de qualquer outra candidatura à câmara municipal do Porto
(CMP). No entanto, acompanhei com interesse a vitória de Moreira e vi o
entusiasmo de muitos colegas e amigos que o apoiaram e festejaram depois a sua
vitória.
Entre os seus fiéis companheiros encontra-se o socialista Manuel
Pizarro, (que não conheço pessoalmente), mas cuja postura e intervenções públicas revelam ser uma pessoa
de princípios, bem formada e fiel aos seus compromissos e ideias. Foi um
colaborador leal e empenhado de Rui Moreira que muito contribuíu para o sucesso
da autarquia nos últimos quatro anos.
Rui Moreira candidata-se à CMP
como independente, tal como da primeira vez
e aceitou o apoio do PS e do CDS. Manuel Pizarro bateu-se pelo apoio do PS
a Moreira e este parecia desejar continuar a ter a colaboração de Pizarro num próximo mandato.
Eis porém que uma entrevista da dirigente do PS, Ana Catarina Mendes, afirmando que uma vitória de Moreira seria também uma vitória o PS pôs em polvorosa Rui Moreira e o seu “núcleo duro” que decidiram repudiar o apoio que antes aceitaram, em nome de uma “independência” que Ana Catarina Mendes nem ninguém do PS questionou.
Dir-se-ia que o tal “núcleo duro” de Rui Moreira tem pouca fé na
independência do seu candidato, já que a consideram ameaçada por uma declaração
natural e coerente que não pode ter a leitura enviezada que dela foi feita.
Pois não é verdade que se um partido ou outra instituição apoia alguém numa candidatura a
uma eleição e esse alguém vence a vitória é também daqueles que o apoiaram? E
em que é que a partilha de uma vitória retira independência e mérito ao
vencedor? Os partidos têm lepra?
O que é que Rui Moreira tem contra os partidos para recusar assim tão
abruptamente o apoio de um partido? Será que os portuenses têm consciência de
que o actual presidente da autarquia é um homem anti-partidos? Será que os
“jobs” (se é que os há) são só para os seus
“boys”?
Tudo leva a crer que esta é uma história mal contada.
Do blogue (Vai e Vem)
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