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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Debate do programa do governo:

Assisti através do Canal Parlamento e mais tarde nos canais generalistas. Gosto de estar informado e para o estar tem de se perder/ganhar tempo com este tipo de informação. Para o ver directamente uso o Canal Parlamento por que ali não há intervenções dos comentadores televisivos. E... que intervenções! Não sabem despir a camisola partidária e é por mais evidente que demonstram as suas filiações. Aliás, sou favorável a que deviam de ser obrigados, antes do programa para que vão, principalmente nos programas sobre política, a fazerem uma declaração de interesses. Assim sabíamos com o que podíamos contar. Mas voltando ao debate.
Foi um debate em que a direita mostrou o seu ressabiamento. No tratamento para com o governo, principalmente para com o Primeiro-ministro. Isto de chamar "Primeiro-ministro, vírgula, mas não eleito pelo povo português", é uma falta de respeito para com a terceira pessoa que representa o País. Será que para cima de três milhões de portugueses não fazem parte deste País! Não se lembra Paulo Portas e Telmo Correia que fizeram parte de um governo que nem a eleições foi. Passos Coelho ao chamar a António Costa chefe do governo não se lembra que ele nem para isso serve. Foi o que os tais para cima de três milhões de portugueses na primeira oportunidade lhe mostraram. E... mais a mais estão a desconsiderar o seu padrinho.
Nesses discursos só se via crispação. E, há um provérbio popular que diz: A agressividade verbal é o único recurso dos imbecis. Na direita portuguesa é o que se vê mais. De soluções para o País não se viu nada. Só discursos balofos para entreter a malta.
E como disse, a comunicação social, principalmente a tele-visionada, só dá relevos a discursos destes. Usam este estratagema também para entreter a malta. Não falam dos discursos do PS e dos partidos que apoiam o governo. Discursos com medidas e alternativas para o País. Por que as televisões não dão relevo ao discurso do líder parlamentar do PS, Carlos César, para mim dos melhores discursos que ouvi na Assembleia da República.
Ali foi dito as medidas que trazem soluções para o País. Mas este discurso para a comunicação social não faz sentido. O que elas gostam é de discursos que trazem crispação. É da maneira que ganham audiências.
Também o discurso do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Santos Silva, que já nos habituou aos seus interessantes discursos e, por vezes acérrimos, mas que ontem nos trouxe um discurso apaziguador que quer unir o que está desunido. É assim que se faz política.
Os ressabiamentos devem ser banidos. Os portugueses não querem que se continue a pregar no deserto. Não me admira que a continuar assim o PSD e o CDS numas próximas eleições vão ver o que mal fizeram a eles próprios.    

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