Por motivos familiares desloquei-me a França, mais propriamente à Ville
de la Ricamarie, Saint Étienne, com a finalidade de trazer o meu neto Diogo,
para em Freamunde passar as férias escolares. Os pais, só têm férias em Agosto
e, para ele não estar sozinho em casa vem para junto dos avós paternos uma vez
que os maternos também ali se encontram. Como disse foi este o motivo da minha
ausência durante esse período. Não foi por falta de assunto. Aliás, não fosse
esse o motivo já me tinha referido a um de grande importância, o que vou fazer
aqui e agora.
No dia vinte e seis de Junho realizou-se a assembleia de freguesia no
auditório Fernando Santos, Casa da Cultura, à qual fui com o intuito de
assistir, pois gosto de estar informado com os problemas da terra. Mas quem se
der a esse “trabalho” passado pouco tempo abandona a sessão, pois o que para
ali levam para tratar, não tem interesse para o público. Discutem-se assuntos
de lana-caprina e os essenciais parecem querer escondê-los. Não assisti a
todos, aos que assisti, deixou-me bastante incomodado pois ali só se defende o
orgulho próprio. Parece que são mais importantes que os problemas que Freamunde
enfrenta.
Concorrerem a deputados e passado uma ou duas assembleias de freguesia
põem o seu lugar à disposição. É coisa que não se compreende. Depois de terem
andado de porta em porta a pedir que votassem neles. É como digo que não
compreendo.
Não dá para o comum dos mortais estar ali horas e horas a ouvir
assuntos como: as silvas à minha porta não são cortadas. Não taparam uns
buracos. O fontenário e o lavadouro da Fonte dos Moleiros não têm água. Não se
lembram como deixaram Freamunde.
Depois há como disse alguém, não ouvi, já me tinha ausentado pois nessa
madrugada tinha de me pôr a pé cedo para ir apanhar o avião às seis e trinta
para ir para França, que não sabia o que dizer à esposa dada a hora tardia em
que acabou a sessão. É que sendo assim as esposas não acreditam que uma reunião
que começou às vinte e uma horas e trinta minuto acabe à uma e trinta ou duas
da manhã que dure aquela eternidade. É que dá para desconfiar do argumento.
Assim proponho uma solução:
porque não mudar a ordem de trabalhos. Os trinta ou quarenta e cinco minutos
que se dá ao público porque não são os primeiros temas a discutir. Assim, havia
temas para serem tratados e o público não necessitava de estar ali tanto tempo
à espera para votar “faladura”. Também não dava o desconforto aos deputados de verem
eles a abandonar a sessão.
Mas estou como me disse um amigo. - É o que eles querem. Assim não
ouvem as críticas. - E têm razão. Quantos mais se forem embora menos críticas
ouvem. Porque não usar o relógio e cronometrar o tempo despendido? É que assim
falam, falam e não saem dali. Também sugiro que quando um deputado intervém
devia levantar-se. Era a maneira de se puder ver quem fala. E… também uma
questão de respeito. Quando não seja por isso ao menos para ver se ele se cansa
de estar em pé e resolve calar-se.
Assim a continuar podem crer que vão cair no desprezo dos Freamundenses. Quem não tem respeito por quem ali os pôs não merece o respeito deles.
Assim a continuar podem crer que vão cair no desprezo dos Freamundenses. Quem não tem respeito por quem ali os pôs não merece o respeito deles.
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