Rádio Freamunde

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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Depois de um interregno de uma semana eis-me de volta à minha escrita:

Por motivos familiares desloquei-me a França, mais propriamente à Ville de la Ricamarie, Saint Étienne, com a finalidade de trazer o meu neto Diogo, para em Freamunde passar as férias escolares. Os pais, só têm férias em Agosto e, para ele não estar sozinho em casa vem para junto dos avós paternos uma vez que os maternos também ali se encontram. Como disse foi este o motivo da minha ausência durante esse período. Não foi por falta de assunto. Aliás, não fosse esse o motivo já me tinha referido a um de grande importância, o que vou fazer aqui e agora.
No dia vinte e seis de Junho realizou-se a assembleia de freguesia no auditório Fernando Santos, Casa da Cultura, à qual fui com o intuito de assistir, pois gosto de estar informado com os problemas da terra. Mas quem se der a esse “trabalho” passado pouco tempo abandona a sessão, pois o que para ali levam para tratar, não tem interesse para o público. Discutem-se assuntos de lana-caprina e os essenciais parecem querer escondê-los. Não assisti a todos, aos que assisti, deixou-me bastante incomodado pois ali só se defende o orgulho próprio. Parece que são mais importantes que os problemas que Freamunde enfrenta.
Concorrerem a deputados e passado uma ou duas assembleias de freguesia põem o seu lugar à disposição. É coisa que não se compreende. Depois de terem andado de porta em porta a pedir que votassem neles. É como digo que não compreendo.
Não dá para o comum dos mortais estar ali horas e horas a ouvir assuntos como: as silvas à minha porta não são cortadas. Não taparam uns buracos. O fontenário e o lavadouro da Fonte dos Moleiros não têm água. Não se lembram como deixaram Freamunde.
Depois há como disse alguém, não ouvi, já me tinha ausentado pois nessa madrugada tinha de me pôr a pé cedo para ir apanhar o avião às seis e trinta para ir para França, que não sabia o que dizer à esposa dada a hora tardia em que acabou a sessão. É que sendo assim as esposas não acreditam que uma reunião que começou às vinte e uma horas e trinta minuto acabe à uma e trinta ou duas da manhã que dure aquela eternidade. É que dá para desconfiar do argumento.
 Assim proponho uma solução: porque não mudar a ordem de trabalhos. Os trinta ou quarenta e cinco minutos que se dá ao público porque não são os primeiros temas a discutir. Assim, havia temas para serem tratados e o público não necessitava de estar ali tanto tempo à espera para votar “faladura”. Também não dava o desconforto aos deputados de verem eles a abandonar a sessão.
Mas estou como me disse um amigo. - É o que eles querem. Assim não ouvem as críticas. - E têm razão. Quantos mais se forem embora menos críticas ouvem. Porque não usar o relógio e cronometrar o tempo despendido? É que assim falam, falam e não saem dali. Também sugiro que quando um deputado intervém devia levantar-se. Era a maneira de se puder ver quem fala. E… também uma questão de respeito. Quando não seja por isso ao menos para ver se ele se cansa de estar em pé e resolve calar-se. 
Assim a continuar podem crer que vão cair no desprezo dos Freamundenses. Quem não tem respeito por quem ali os pôs não merece o respeito deles.     

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