Na paz verdadeira
Que importa se são de cera
as velas do meu caixão,
se tenho a luz da quimera
quando eu descer ao torrão!
Este calhau só por si
p´ró trabalho que aqui faz
via muito bem aqui
com a luz que o dai traz.
Agora que já estou morto,
a gozar deste conforto,
aqui na paz verdadeira.
Ponham-me velas, na testa,
façam de mim uma festa
pintem-me à vossa maneira.

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