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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Explique-se Paulo Portas. As insinuações são graves:

Antes do encontro para congregar as esquerdas, Mário Soares afirmou que “Paulo Portas tem sido chantageado pelo Governo”. “Quando admitiu que estava a ponderar se ficava ou não, o caso dos submarinos voltou à primeira linha”, sustentou o ex-Presidente, evocando ainda o dossiê Pandur.
O antigo Presidente da República Mário Soares decidiu convocar um ‘conselho de Esquerda’. O histórico político quer reunir quinta-feira, na Aula Magna, as direções de todos os partidos de esquerda com representação parlamentar – Partido Socialista, Partido Comunista Português e Bloco de Esquerda – e as centrais sindicais.
Será um primeiro passo para fazer cair o Governo de Passos Coelho e, o que seria inédito, permitir a eleição de uma grande coligação de esquerda. “Eu gostaria, mas não posso dizer se sim ou não”, assumiu Mário Soares, entrevistado pelo I: “é importante tão-só que se juntem pessoas indicadas ou não pelos partidos e das centrais sindicais que se reclamem da esquerda e se afirmem contra a austeridade e considerem que é fundamental e urgente que o atual Governo se demita”.
A ‘ameaça’ do executivo de Passos Coelho implodir por vontade de Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros, é um cenário no qual o ex-Presidente e antigo primeiro-ministro não acredita. “Paulo Portas tem sido chantageado pelo Governo por causa do processo dos submarinos e dos carros de combate Pandur”, garantiu.
“Quando, pela primeira vez, Portas admitiu que estava a ponderar se ficava ou não, o caso dos submarinos voltou à primeira linha. E isso obriga-o a continuar no Governo. O medo é que manda na vinha”, complementou o histórico socialista.
A hipótese da iniciativa partir do Presidente da República também é descartada por Mário Soares. O conselheiro de Estado lembrou que Cavaco Silva insiste que o Governo tem “legitimidade” para concluir o mandato: “é verdade que disse e foi terrível para ele. Um Governo que não fala com o povo que elegeu – nem pode sair à rua sem ser vaiado – não tem legitimidade. Ou então é porque já não estamos em democracia”.

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