Antigamente qualquer reunião com mais de duas pessoas era considerada
um comício. Lutou-se contra este tipo de coisas para haver direito à reunião
entre homens e mulheres e quando tudo nos fazia prever que este direito tinha
sido alcançado eis que aparece um elemento da PSP a pedir a identificação a
pessoas pacíficas sobre o motivo de uma reunião no aeroporto de Lisboa. Este
pedido de identificação não é inocente. Quem o elaborava não era um agente
qualquer da PSP, mas sim uma subchefe, portanto com deveres acrescidos.
Não há muitos anos foi falado que se estava a dar cabo do direito de
reunião ou manifestação por que o governo anterior mandava os seus agentes às
sedes dos sindicatos fazer interrogações com o intuito de desmotivar essas
mesmas reuniões. Agora a imprensa e os sindicatos que tanto criticaram a intromissão
da PSP não reagem.
A questão até deu para o gozo. Vê-se a maneira como a subchefe elabora o interrogatório e o à vontade dos interrogados. Se não fosse assim diziam à
Subchefe para mandar levar no cu os seus superiores hierárquicos incluindo o
ministro da Administração Interna. Se as forças de segurança não tem mais nada
importante que fazer que lhes dêem uns dias de folga que assim não gastam
blocos de papel e tinta de esferográfica.
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