Estamos a passar por uma fase que dificilmente vamos sair dela. A crise
económica é grande mas maior é a de valor humano. Gente que constantemente é
criticada na via pública arranja todos os estratagemas para lavar a sua face.
Se dizem uma frase que a opinião pública critica, em geral, vêm logo dizer que
foram mal interpretados. Nunca assumem o seu erro. Ele é sempre dos outros. Agarram-se
a tudo o que podem parecendo lapas a agarrarem-se ao rochedos para sobreviverem.
E como os moluscos, em moluscos, se transformam. Também estou a fazer lembrar o
reclame do Omo lava mais branco ou o algodão não engana.
Um ministro de um governo fazer
a figura que Miguel Relvas, jornalista, e Miguel Relvas ministro fazem, é de
comparar aos sketches que certos humoristas faziam aos utilitários do Conde de
Ferreira.
Faz lembrar Ivone Silva, na Rábula, Olívia Patroa, Olívia Costureira.
Mas esta fazia-o para distracção do público e não para lavagem da sua imagem
como Miguel Relvas. A não ser que esteja a querer ser actor da revista à portuguesa.
Se o está a tentar que desista que não consegue fazer rir os
portugueses. Não me refiro à falta de vontade pelo facto da crise. Refiro-me à
falta de qualidade de Miguel Relvas. Tudo que diz e faz os portugueses
sentem comiseração dele. Que triste figura.
Quem disse! “Eu quero chegar a casa, depois de ganhar as eleições,
todos os dias e quero que a minha filha tenha orgulho daquilo que está a ser
feito”. “Eu no lugar do engenheiro Sócrates tinha vergonha, eu se fosse parente
do engenheiro Sócrates escondia que era parente dele”.
Pode continuar a fazer de Miguel Relvas, jornalista, ou de ministro,
que nunca vai abandonar a cepa torta. Quem nasce sujo, tarde ou nunca fica lavado.
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