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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Sócrates e Passos Coelho. "A Ponte da Esperança":

"Certo dia, nos confins do Universo, mergulhado no interior do ser humano, o Sr. Pensamento encontrou a Sra. Sentimento...Um e outro viviam separados...
Mas... um dia, conheceram-se... E depois de se conhecerem, sentiram-se parte integrante um do outro, sentiram mesmo que um não conseguiria viver sem o outro. Sentiram-se uno indissociável...
Um dia, os dois, decidiram procurar a felicidade... E nessa procura...casaram...
Do relacionamento entre os dois nasceram dois gémeos: o Amor e a Dor... Nasceram juntos... Cresceram juntos... Mas, depressa se aperceberam que eram diferentes... muito diferentes!... Tinham atitudes diferentes.... Tinham objectivos diferentes... Tinham maneiras de ser diferentes...
Um dia...decidiram partir...à procura da felicidade...
E afastaram-se um do outro...
Decidiram percorrer caminhos diferentes...
O Amor criou o seu próprio caminho, de modo simples, humilde e sereno. Não, sem que encontrasse obstáculos... Mas, sempre a acreditar que era possível ser feliz... que sentia alegria de viver... Percebeu que era um caminho partilhado...
Um caminho do amor... concentrado  nas coisas positivas da vida... um caminho de entrega aos outros e entrecruzamento com os outros... Um caminho em que o Eu interior... foi pouco a pouco perdendo importância em relação inversa à capacidade de dar aos outros...
A Dor, por seu lado, centrou-se mais nela própria...Refugiou-se na ilha da solidão, concentrada sobretudo nas coisas e acontecimentos negativos...Vivia unicamente para dentro e navegava, sem o saber, no mar do egoísmo... Concentrava-se apenas na veneração do seu Ego no Templo do orgulho e do Desânimo... Deixou de olhar para o lado e para os outros...
O Amor caminhou para fora do Templo do EGO e espalhou uma luz aos que o rodeavam....
Mas... um dia, o Amor achou que podia fazer algo pela sua irmã gémea... e construiu uma ponte da esperança para a sua irmã...
Inicialmente, a Dor sentiu-se intimidada... resistiu à tentação... mas acabou por explorar a ponte da esperança... e resolveu criar a esperança também... Aprendeu a criar a esperança...
O irmão Amor ficou radiante por voltar a ver a irmã... e, sobretudo, por vê-la novamente a sorrir...
Desde essa altura... o ser humano aprendeu que... era essencial no caminho para a felicidade... criar pontes de esperança para os outros seres humanos..."
Um conto de "António Ramalho"

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