Rádio Freamunde

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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Parabéns:


Há coisas que podem acontecer por brincadeira outras para nos afirmarmos. Com o passar do tempo ganha-se afeição como se de um filho se tratasse. 
Não! Não estou a falar de um cão porque para esse tem que se ter as condições necessárias e como habito num apartamento entendo que não devo sacrificar um animal ao meu prazer. Para isso tem que se ter terreno circundante para que ele possa desenvolver a sua actividade e com os seus latidos, não incomodar os vizinhos.
O meu “filho” tornou-se muito especial. Durante o dia dedico-lhe muitas horas. Tenho de o tratar e alimentar para que os “vizinhos” se interessem por ele e todos os dias o visitem. Está a ficar velho. Faz hoje dois anos.
Umas vezes, pareço uma mãe que todos os dias lhe muda a fralda, lhe faz todas as vontades, sofre quando as coisas não correm bem. Noutras, pareço um pai que apetece puxar-lhe as orelhas, dar-lhe uma sapatada no rabo, ou fingir que não existe.      
Mas lá vem o outro dia e não remedeio sem ele. O vício está entranhado. Procuro motivos para o alimentar e eles são muitos, derivado à conjuntura política. Não gosto que ele minta, por isso procuro que seja honesto. Mais vale pobre que ostentar riqueza na base da mentira. 
Faço para que as coisas aconteçam e deixo-o embalar ao correr das notícias. Todos cá podem entrar, a porta está sempre aberta, se tens notícias p´ra dar, entras sempre à hora certa.

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