Quem diria! A selecção Nacional partiu para o Campeonato Europeu de dois mil e doze de futebol debaixo de várias críticas. Que o estágio não passou de uma feira de vaidades onde todos queriam mostrar os dotes – carros de luxo – e não os artísticos. Em tudo aparece os velhos do Restelo: treinadores reais, de bancada, fazedores de notícias, críticos de política que aproveitam este defeso – da política – para que o povo não pense que eles deixaram de existir. Entraram com grandes máquinas em Óbidos, foram criticados, saíram de charretes puxadas a cavalo e criticados foram.
Depois dos desaires da Macedónia e Turquia uma grande parte dos portugueses não dava um tostão furado pela selecção. Havia quem perspectivasse um último lugar com zero pontos. O grupo era considerado de morte dado o valor das três equipas: Alemanha, Holanda e Dinamarca, aliás, todas campeãs da europa. Para uma parte das carpideiras, Portugal ia ser o bobo da festa – apanhar as canas. Aqui fez-me lembrar a história da lebre e a tartaruga.
Deve-se dar o passo conforme a perna para devagar se ir ao longe. É o que está a fazer a selecção portuguesa. Ajusta a albarda conforme o burro. E, como a tartaruga, lá vai com o seu passo curto mas certeiro em busca da meta. Esta está próxima porque não foram na conversa das tais carpideiras que queriam a todo custo que a selecção se aventurasse fosse da maneira que fosse. Uns! que jogasse A em detrimento de B, que Paulo Bento está ali para treinar e que quem faz a equipa são os treinadores ressabiados e os jornalistas. Que Paulo Bento é arrogante. O papel dele é ouvir e obedecer porque é para isso que lhe pagam.
Outros que ganhamos ontem porque jogamos contra uma equipa fraquíssima. Não se lembram que a República Checa foi vencedora do grupo. Se eles fizeram um jogo fraco foi devido ao valor da nossa selecção e ao olho perspicaz que Paulo Bento tem para ler a disposição em campo do adversário.
Desiludam-se as carpideiras. Portugal já fez o que a grande maioria de quem sabe ver futebol vaticinava: ficar entre as quatro melhores selecções. E para quem parte com a sina de não fazer um ponto e em quatro jogos perder um e ganhar os outros três, perder mal com a Alemanha, o resultado justo era um empate, não é nada de somenos importância. Sei que para alguns que tudo de mau previa agora só admitem que se ganhe o euro. Somos um País do tudo ou nada.
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