O País cada vez está pior. Derrubou-se um governo, democraticamente eleito, com o intuito de melhorar as condições de vida dos portugueses e cada vez mais essas condições pioram. Nada se faz e até o governo admite que as metas estipuladas estão aquém e, dizem isto com um ar estupefacto, como se a condição única para que foram eleitos fosse dar palpites e não soluções. Quem ouve o primeiro-ministro e o ministro das finanças fica com a ideia que estão ali para julgar e não para governar. Nunca é culpa deles! Governar é decidir e o julgar fica para os governados. Depois dizem que os mercados e a conjuntura política internacional é que são os culpados pela situação que se vive. Em tempo era culpa do outro governo. Outros tempos, outros tempos!
Mesmo em recessão não se perdem certos hábitos. É um fartar de viagens pelo estrangeiro e pelo País tudo pago pelo erário público. Quando eram oposição criticavam certas viagens e contratos com alguns países e hoje andam de chapéu na mão a mendigar para que sejam recebidos. O que não prestava hoje é valorizado: computador Magalhães, energias renováveis e um sem número de coisas. Não se coibiram de negociar com o governo chinês que noutros tempos apelidavam de não respeitarem os direitos humanos e da chacina de Tiananmen. Sei que já se passaram muitos anos. Mas não sei o que mudou na China desde mil novecentos e oitenta e nove a não ser a sua economia porque continuam a explorar a classe trabalhadora.
Entre portas são as visitas do Presidente da República. Vai a todo o lado para ver se a sua figura melhora. É ver a triste figura que fez na noitada de S. João no Porto. O que quer é dar uma volta de barco pelo rio Douro acima. Quem o acompanhava! Gente do povo? Não. Mas para contribuir para superar a crise não se coíbe de pedir sacrifícios à classe média. Para passear escolhe os seus amigos. Declarar à comunicação social que há muito que vem a dizer que temos de andar de lado para lado. Não é aos portugueses que tem de dizer isso mas sim ao governo. Mas não há meio. Quem nasceu para cinco não chega a dez.
O que não compreendo é a comunicação social – certos analistas – de não encontrarem eco nas vaias que os manifestantes dirigiram ao Presidente de República e ontem tanto em Guimarães como em Castro Daire elas foram violentas e graves como por exemplo, chamar-lhe “gatuno”, coisa que os jornalistas não referem mas que ouviram.
Quando não se reage a essas provocações é porque se tem culpa no cartório. Dá pena ver a triste figura que faz e estas imagens correrem o mundo.
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