Em jogos oficiais o último foi em dois mil e dez no campeonato do Mundo na África de Sul. Perdemos mal. Um golo irregular de David Villa mandou-nos para casa mais cedo.
Num amigável, em dezassete de Novembro do mesmo ano, no estádio da Luz, Portugal derrotou a Espanha por um concludente quatro a zero e seriam cinco se o árbitro não invalidasse um golo limpo a Cristiano Ronaldo. E que golo!
Quarta-feira, dia vinte e sete, o confronto vai ser enorme! Estamos a fazer um bom campeonato da Europa, há muita confiança no seio da equipa. Prevê-se um jogo táctico. Del Bosque tem mais experiência que Paulo Bento e um lote de melhores jogadores mas, como na batalha de Aljubarrota também tinham mais homens, sete para um, melhor armamento, mesmo assim corremos-lhos à vassourada. Em mil seiscentos e quarenta estávamos fartos da sua ocupação, matamos o traidor, Miguel de Vasconcelos, convidamos a Duquesa de Mântua a sair pela porta que tinha entrado ou caso contrário saía pela janela. Temos uma sina malfadada com eles desde mil cento e quarenta e três. A história fala-nos de êxitos.
Os portugueses de hoje não os viveram. Mas temos fé nesses factos. Para que sintamos os da actualidade, espero que ganhemos o jogo da meia-final, assim um dia os portugueses continuarão a ter orgulho na sua história porque ela não se faz só de batalhas ou guerras. Temos guerreiros para esse fim. Espero que o “campo da batalha” não esteja inclinado como no campeonato do Mundo da África do Sul.
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