Rádio Freamunde

https://radiofreamunde.pt/

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Bons tempos:













Minha rosa azul é Freamunde 

Trago sempre uma rosa azul ao peito,

eu sou de Freamunde imaginado

e nem sequer cá tenho o meu bocado,

mas este azul merece-me respeito…


Quando eu era criança de brincar

era aqui que eu comprava os meus piões,

as fisgas e as gazetas p’rós balões

ou p’rás estrelas… ai como é bom sonhar!


Mais tarde veio a bola, que paixão!

rosa azul deste fraco coração

que salta a cada golo, pum, pum, pum…


Hoje já muito velho, minha amante

oiço o relato e grito a cada instante

sozinho: Freamunde só mais um!

Autor dos versos: Rodela

Tempo de bom e puro futebol. Era jogado pelo simples prazer e o Carvalhal sempre de casa cheia. Não faltavam os fanáticos e maldizentes. Quando se perdia lá vinha a ladainha. Se estivesse sol, o Ernesto procurava a sombra da árvore, que existia a meio, do topo sul, (lado da assistência do campo do Sr. Ernesto Taipa) não existia superior era só peão. Se fosse de chuva só se encolhia para ver se ela não lhe pegava. Tal como hoje tem de haver sempre alguém a dar bocas. Quando se ganhava - o que era mais as vezes - pegavam nele ao colo.
Fotografia tirada num jogo realizado em Avintes, pelo jornal "Equipa"
Ainda me lembro do jogo em Paços de Ferreira, jogo esse, que o Paços de Ferreira não podia perder. Perto do final houve um jogador do Freamunde que meteu uma bola em profundidade desmarcando o Ernesto mas esta saiu um tudo ou nada adiantada, o guarda – redes saiu-lhe aos pés, o Ernesto para não o aleijar saltou por cima dele - como fazia sempre, antes preferia isso do que aleijar um adversário. Foi o bom e bonito. Para uns fez bem. Para outros essa bola devia aparecer ao Abel que ia guarda – redes bola e tudo para o fundo da baliza. Tinha que se dar um desconto. Mas era um Paços e Freamunde e nestes jogos não se brincava. Quem nos dera hoje o Ernesto e muitos que faziam parte da equipa aí exibida na fotografia e esse senhor treinador - jogador que era Santana.
Jogo na Mata Real 
Este jogo foi em Junho de 1974 – se a memória não me falha no dia 23 – o Sport Clube de Freamunde jogava na Mata Real com o Paços de Ferreira, jogo bastante importante para  eles, não podiam perder, o empate satisfazia as suas aspirações.
Nessa semana começou a guerra de panfletos por parte dos simpatizantes do Paços de Ferreira, ameaçando que nos iam receber mal e que estava planeado um arremesso de pedras e algo mais na passagem pela Baiuca – lugar pobre e de casas velhas - assim se apelidava nesse tempo, hoje um bonito lugar e com o nome de S. Domingos, bastante comercial e industrial.
Em Freamunde combinou-se que todos os seus simpatizantes se deslocavam a pé para assim estarem todos juntos para o bem e para o mal – nesse tempo ainda não existia as claques organizadas.
Muitos Freamundenses aderiram a esta manifestação. Queriam que a sua equipa estivesse protegida com o seu apoio, foram jovens, adultos e velhos, homens e mulheres e o trajecto feito com pequenos atritos. O resultado foi o empate a uma bola. Quem marcou o golo do Freamunde foi o Andrade. Na manifestação do golo houve um miúdo que invadiu o campo como se pode constatar na fotografia.

Sem comentários:

Enviar um comentário