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domingo, 11 de maio de 2025

Na senda das táticas do antigamente:

Fátima, Futebol e Fado: com as devidas alterações um primeiro-ministro, que já nem se esforça por distanciar-se da herança fascista - pondo em causa à liberdade de imprensa e o direito à greve e criando um restyling das conversas em família - tem usado a estratégia dos três éfes para perenizar-se no poder.

Ir à Fátima numa colagem ao tempo dedicado pelos crédulos às novidades papistas, beneficiar de um hiato na campanha à conta de uma futebolada e substituir a canção tradicional de Lisboa pela pimbalhada de fazer coro com um plagiador que, se não esconde a careca sob uma cabeleira postiça, bem parece, é a forma mais expedita para iludir os incautos capazes de acreditarem em mentiras ditas com todos os dentes, mesmo os que lhe faltam na boca.

Onze meses já bastaram para perceber que o SNS vai a caminho da destruição, a habitação continuará a ser um bem de luzo para exígua minoria e a segurança social não tardará a ser entregue aos interesses privados se tivermos de aturar a mesma seita nos próximos quatro anos.

Os resultados económicos de tanta incompetência já estão à vista quer na retração do PIB, quer no crescimento da inflação e só poderá ir de mal a pior com quem se limitou a gastar a almofada recebida do governo anterior e entende o exercício do poder como uma indecorosa distribuição de prebendas pelos amigos e familiares (vide a quem foi agora entregue bem remunerado cargo na Lusoponte!).

Há sempre a esperança de que os eleitores desmintam as tendências das sondagens, mas parece vigorar uma anestesia das dores que os explorados deveriam sentir sob a forma de consciência de classe. Por ora parecem drogados pela ação nefasta dos media  controlados pelas direitas.

Presume-se que, se se deixarem enganar no dia 18, o despertar vá ser doloroso!

Publicada por 

Do blogue Ventos Semeados 

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