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quinta-feira, 3 de abril de 2025

GUERRA NA UCRÂNIA, JORNALISMO, DEMOCRACIA, OPINIÃO PÚBLICA:

Muito bem pergunta, no seu mural, o amigo Antonio Gil:
"(…) Como é que gente que escreveu estas m*rdas ainda mantém seus empregos e continua a escrever e a opinar nas TVS como se tivessem estado certos o tempo todo? Que espécie de 'mercado de trabalho' (uma expressão que eu odeio mas eles amam), protege tanta incompetência?"
Aí vai a minha resposta a esta interrogação que resolvi, com a devida vénia a António Gil, autonomizar aqui no meu mural:
— Claro que mantêm os seus empregos e mantêm-nos porque fazem exatamente o que lhes mandam fazer. Eles não estão ali para fazer jornalismo, estão para condicionar a opinião pública, para pastorear os eleitorados. E isso eles fazem bem.

Esta “Operação Ucrânia” é um êxito total. Transformaram uma opinião pública esmagadoramente pacifista em apaixonadamente belicista, com a eficácia de um Goebbels. Só que Goebbels conseguiu isso num só país, com base na promoção do nacionalismo absoluto e do supremacismo racial. Neste caso eles usam como vectores da sua acção o medo de um inimigo há muito diabolizado, a que acrescentam como álibi “valores” como a salvação da democracia — algo que não existe, já que nem o dito “inimigo” é diabólico, nem ameaça uma democracia que já não existe, substituída que foi pela ditadura da plutocracia por intermédio de uma eurocracia não eleita que sistematicamente suprime a liberdade de expressão e sabota toda a possibilidade de eleição de alternativas políticas fora do sistema único vigente. começara com a Grécia, triturando o governo de Tsipras e Varoufakis, no tempo da Troika. Não pararam até entregar o governo à direita submissa e veneradora a Bruxelas. Agora, mais recentemente temos a Roménia, a Geórgia, a Moldávia, agora a França. Todos os que contestem ou proponham uma alternativa à ditadura do extremo centro levam forte e feio com o mais olímpico desprezo pelos valores da democracia que não se cansam de apregoar...

Zé-António Pimenta de França 

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