Nem os locais mais remotos do globo escapam às taxas anunciadas pelo presidente dos Estados-Unidos, Donald Trump. Aqui vão alguns exemplos.
Em algumas regiões do globo, não há mesmo ninguém a quem cobrar impostos: há apenas focas, pinguins, ursos… e, por vezes, cientistas em missões temporárias. Mas nem por isso ficaram de fora do aumento de tarifas alfandegárias anunciado por Donald Trump no que ele designou como o «Dia da Libertação».
É o caso das Ilhas Heard e McDonald, território totalmente desabitado localizado no Oceano Antártico, entre Madagáscar e a Antártida. Pois o presidente norte-americano pretende impor tarifas de 10% sobre os produtos locais.
As ilhas, que formam um território externo da Austrália, estão entre os lugares mais remotos da Terra, acessíveis apenas por uma viagem de barco de duas semanas a partir de Perth, na costa oeste da Austrália. E, de acordo com o “The Guardian”, estão completamente desabitadas e acredita-se que a última visita de pessoas tenha ocorrido há quase uma década.
A inclusão destas ilhas na lista de países aos quais são impostas novas tarifas alfandegárias levou o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, a reagir hoje dia 3 de Abril: «Nenhum lugar na Terra está a salvo»!
Outro exemplo caricato é o da pequena ilha de Northfolk, entre a Austrália e a Nova Zelândia, em pleno Oceano Pacífico, que viu as suas tarifas alfandegárias aumentarem em 29%. Ao contrário desta ilha, as taxas alfandegárias impostas à Austrália aumentaram apenas 10%, deixando ainda mais perplexo o seu primeiro-ministro. «Da última vez que verifiquei, a Ilha Northfolk fazia parte da Austrália», ironizou Albanese.
Mas há outros territórios desabitados na mira do 'Donaldo', mais a Norte. É o caso das ilhas norueguesas de Jan Mayen e Svalbard, no Mar da Gronelândia, onde vivem sobretudo ursos polares, e a cujos produtos também vai ser aplicada uma tarifa de 10%.
Campo d'Ourique, 3 de Abril de 2025
Alfredo Barros
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