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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Durante décadas a elite europeia:

Sentiu-se confortável com a "protecção" americana. O largo e decisivo chapéu nuclear, as imponentes bases militares, a arrogante NATO avançando para Leste à procura do comunismo perdido, os fundos inesgotáveis que compravam as vozes convenientes e calavam as outras. Afundados na sua comodidade burguesa, desprezaram os seus povos esquecendo o que tinha feito a grandeza da Europa no pós WWII. O ultimo lutador pela independência e unidade esclarecida da Europa, Charles de Gaulle desapareceu e com ele levou os seus sonhos.
Os valores europeus afundaram-se perante a subserviência aos interesses americanos. Adeus democracia, adeus ordem internacional e as suas leis, adeus legitimidade das instituições internacionais. Tudo o que os americanos atropelavam os europeus calcavam de seguida. O embuste da guerra do Iraque, a mentira das armas de destruição massiva, a subjugação da Sérvia, a destruição da Líbia, o apaparicar dos grupos terroristas "do bem" a indiferença perante o sofrimento atroz do povo palestiniano Em boa verdade, em boa verdade histórica, nós europeus vendemos a alma ao diabo.
Por ultimo e para cumulo da subserviência decidimos acompanhar e participar no sonho da administração Biden/Harris tão bem expresso pelo general Austin, "vamos infligir uma derrota estratégica à Rússia" tornando-a irrelevante e eventualmente dividindo-a a nosso bel prazer, como afirmou Kaja Kallas. Kallas imagem perfeita do escravo encantado com o poder do senhor.
Porém os interesses americanos mudaram e os lacaios entraram em desvario. Os USA querem agora afastar a Rússia da China para cujos braços a leviandade estratégica da UE a lançou. Ninguém sabe qual o resultado de tão dramática inversão, mas uma coisa é certa, a Europa está perante a sua própria miséria moral. Ou se redime ou morre.

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