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terça-feira, 30 de julho de 2024

O tempo é a melhor testemunha:

Vem este título a propósito de em 29 de Julho de 2015, o semanário TVS (Jornal Terras do Vale do Sousa), publicar um texto de Joaquim Gonçalves, Presidente da LADEC (Lousada Associação de Eventos Culturais), que foi a organizadora das Festas do Concelho de Lousada em honra do Senhor dos Aflitos. Dizia ele sem lhe ser perguntado nada que as festas do Senhor dos Aflitos são as melhores que se realizam no Vale do Sousa. Esquecendo eles as Festas Sebastianas em Freamunde, Festas da Cidade e do Concelho de Paredes, Felgueiras, Pe3nafiel e outras mais. É uma comparação avulsa e um puxar da brasa à sua sardinha.
Acontece que passados nove anos aí está o tempo a ser a me-lhor testemunha.
Referi ao Sr. Joaquim Gonçalves que as Sebastianas são elabo-radas durante 365 dias com sangue suor e lágrimas e não por lhes ser atribuída uma “pipa de massa” como acontecia em Lou-sada: a Câmara Municipal subsidiava os seus custos. Aliás com-parei o seu trabalho a um agente de futebol.
Só que acabada a “pipa de massa” há que rever outras situações. Foi o que aconteceu este ano. Não houve “pipa de massa” e hou-ve poucos voluntários para tão grande evento. Por onde andava o Sr. Joaquim Gonçalves? Não há “pipa de massa” não há vício! É de louvar esses voluntários que não se regatearam a esforços pa-ra levar avante tal tarefa.
Só que um mal nunca vem só. Para ajudar à “festa” há que na noite de segunda-feira chover. Depois de terem tratado um acor-do/negócio com a Comissão das Sebastianas 2025 para o alu-guer dos carros alegóricos que desfilaram na Marcha alegórica das Sebastianas tiveram o infortúnio de chover.
Decidiram com a Comissão das Sebastianas 25 o adiamento da tradicional Marcha Alegórica da Vila de Lousada com a finalidade dos carros alegóricos não estarem sujeitos às condições climaté-ricas que se avizinhava de chuva e trovoada. O que veio a acon-tecer. Gostei da colaboração da Comissão Sebastianas 25 para com a Comissão das Festas do Sr. Dos Aflitos pois é assim que se deve interagir pois as rivalidades devem permanecer para ca-da vez mais se prosperar. As rivalidades doentias tendem a aca-bar.
Por isso Sr. Joaquim Gonçalves vê como é melhor e sabe melhor o “frango caseiro” comparado com o do “aviário”, como escrevi um artigo em 29 de Julho de 2015!
É que denegrir como o senhor fez das Festas Sebastianas de Freamunde não fica bem a ninguém muito menos a um “empre-sário” de espectáculos como o senhor foi.
É que os Freamundenses foram imbuídos pelos seus antepassa-dos de ADN que os faz ultrapassar as maiores adversidades. A talho de foice. No dia 10 de Julho de 1961, segunda-feira, por vol-ta das vinte e uma hora, Freamunde foi surpreendido por uma for-te tempestade o que levou a suspender a saída da marcha alegó-rica.
Não se baixaram os braços.
Na terça-feira logo pela manhã os festeiros – nessa época o nú-mero de festeiros era de cinco - mais uns abnegados freamun-denses puseram mãos à obra e andaram pelos concelhos limítro-fes com umas viaturas a anunciar a saída da marcha à mesma hora que a hora de segunda-feira. Nessa época não havia tele-móveis nem internet. Agora era esperar pela noite.
A terça-feira nasceu com um sol radiante. Tudo fazia crer que se fosse bem anunciado a noitada ia ser de arromba. E foi mesmo.
Era jovem, doze anos, pude verificar que realmente foi uma noi-tada de arromba. Até àquela data não tinha visto noitada igual.
É o que espero que a noitada que venha a surgir em Lousada te-nha um esplendor da de 10 de Julho de 1961 em Freamunde.
Termino Sr. Joaquim Gonçalves. Tenha em mente que é melhor saborear um arroz de cabidela com frango caseiro do que frango do aviário.
Manuel Pacheco

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