Rádio Freamunde

https://radiofreamunde.pt/

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Mais um momento de histeria coletiva criada por jornalistas:

Depois de toda a bazófia, a União Nacional francesa só teve mais 5% do que o bloco de partidos de esquerda francesa que se reuniu à pressa, 3 semanas antes das eleições de ontem.
Os herdeiros do governo de Vichy, capitulacionistas e colaboracionistas, tiveram apenas 33,1%.
O que significa que os democracias, progressistas e republicanos tiveram 66,9%. Num sistema eleitoral em que a esmagadora maioria dos deputados ainda não está eleita, porque existem segundas voltas nos círculos eleitorais em que ninguém teve 50,1% dos votos.
À semelhança do que sempre aconteceu nas segundas voltas das eleições francesas (basta recordar Chirac contra Le Pen-pai e Macron contra Le Pen-filha), os principais candidatos moderados - da esquerda à direita - já anunciaram que, em todos os círculos eleitorais em que tenham ficado em terceiro lugar, desistirão a favor da/o candidata/o do outro partido moderado mais votado. Basta somar os 28% da Frente Popular com os 20% macronistas para se perceber quem ganhará.
Só quem não percebe o sistema eleitoral francês pode dedicar-se ao delírio que vejo em manchetes e nas aberturas de telejornais.
Mais jornalismo, por favor.
O medo do comunismo levou Hitler ao poder.
A fome e a marcha militar levou Mussolini ao poder.
A liberdade de dizer disparates está a (tentar) levar os derrotados da II Guerra Mundial de volta ao poder.
Aguardemos com serenidade.
E percebamos que, de acordo com a Constituição de 1958, cabe ao Presidente da República nomear a/o Primeira/o Ministra, em função dos equilíbrios de forças e acordos que se formem no parlamento.
"Allons enfants de la patrie!
(...)

Contre nous de la tyrannie."

Miguel Prata Roque 

Sem comentários:

Enviar um comentário