Há quem exonere da lapela o cravo e da memória a Revolução, parasitas de alheia coragem, a comer frutos da árvore que não plantaram e a repoltrearem-se à farta na mesa que não puseram.
Há quem esqueça que há 50 anos alguém arriscou a vida para nos devolver a honra, pegou em armas para nos dar a paz, derrubou a ditadura para trazer a democracia.
Há quem despreze Salgueiro Maia, Melo Antunes, Vasco Gonçalves, Carlos Fabião, Otelo e outros mais, quem se esqueça de recolher uma pétala vermelha de um cravo de Abril em memória dos que partiram.
Não sei se a Pátria recordará, como deve, os que fizeram Abril. Mas certamente há de esquecer os parasitas que medram à sua custa e olham o umbigo do seu narcisismo de costas para quem, há 50 anos, fez florir nos canos das espingardas cravos.
Glória eterna aos capitães de Abril.
Carlos Esperança
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