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quarta-feira, 27 de março de 2024

A propósito do que fazer com o Chega:

As acrobacias de André Ventura, o chefe do Chega, e de Nuno Melo, o chefe do CDS na Assembleia da República a propósito da eleição de Aguiar Branco para presidente do Parlamento lembram-me o dilema do que que fazer a um rafeiro que nos tenta morder as canelas!

Muitos de nós já passámos pela desagradável situação de nos vermos confrontados com um rafeiro que nos salta às canelas. Se lhe damos um pontapé violento somos acusados de intolerantes e excessivos: “coitado do cãozinho que não faz mal a ninguém e só quer carinho e chamar a atenção, melhor seria um afago ou dar-lhe uma ração de comida”, se, por outro lado, ignoramos o canídeo, arriscamos as calças e as canelas, porque ele tem os dentes afiados e toma a nossa complacência por fraqueza. O Chega é este canídeo que ladra e arreganha os dentes e espera a reação dos que ataca para se fazer vítima ou para se afirmar como um parceiro a considerar. O PS deu um pontapé ao rafeiro. O PSD acenou-lhe com um biscoito. O resultado é conhecido: quem se mete com rafeiros sai enxovalhado ou mordido. Um milhão de portugueses colocaram o rafeiro dentro da nossa casa. O problema é este milhão que acredita na limpeza do rafeiro, que ele lhes guardará a casa em vez de a ocupar com a sua matilha!

Carlos Matos Gomes 

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