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quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

9 meses de Governação e 10 Governantes caídos…

Uma maioria absoluta não foi suficiente para António Costa formar um novo governo sem criar uma nova geringonça! Desta vez foi a da, putativa, sucessão, importando, para o executivo, problemas que deveriam ser dirimidos no Partido Socialista nos momentos e órgãos próprios.

Afirmei, na Comissão Política Nacional, que se realizou após a vitória eleitoral, que o Governo deveria ser eminentemente político e experiente, contudo Costa, mesmo tendo perdido, para a Presidência da AR, o único “senador” do PS no Governo, sentiu que não precisava de figuras seniores para dar peso político ao seu novo governo, o que se revelou um desastre, considerou também que lhe bastaria a união da maioria no partido no Governo, ignorando o fiel da balança que a minoria interna poderia trazer ao executivo.
Outro aspecto que fragiliza o elenco de Costa são os independentes, que carecem de peso político, que não se dão ao debate no interior do partido e que, tantas vezes, parecem andar a um ritmo distinto, para não dizer deslocado, do programa do PS. No que toca à descentralização isso é por demais evidente.
Haverá uma Comissão Nacional do PS a 14 de Janeiro, num momento em que a fórmula de comunicação dos “casos e casinhos inventados pela imprensa ao serviço da direita” se esgotou... Será a Comissão Nacional em que António Costa deverá relançar a Governação, deverá unir o Partido, deverá contar com todos e não voltar a excluir a minoria interna. Deve ocupar os lugares no Governo, entretanto abertos, com seniores do PS e aproveitar a ocasião para remodelar alguns independentes que são de uma absurda inexistência política!
O non sense do caso de Alexandra Reis, ou antes de Miguel Alves, denotam a mesma incapacidade do PS para fazer uma avaliação rigorosa do perfil e do percurso desses elementos! Se o PS, internamente, não tem capacidade para fazer essa verificação, que contratem empresa especializada para o efeito! Chega de embaraços e de amiguismo! O PS é um partido político não é um clube de amigos para os amigos…

João Pedro Pereira

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