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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Catarina Martins:


É uma madre Teresa de Calcutá em versão nacional. Uma vidente que do pastorícia subiu aos altares do mundo. Uma herdeira da irmã Lúcia. Acredita que os motoristas de camiões pesados organizados à volta de uma personagem que nem tem carta de pesados são anjinhos que defendem o sagrado direito à greve angelical. A Catarina acredita no que lhe dizem os que ganham a vida a guiar camiões com combustível e sabem que o mundo não está para anjolas. Cada um saca o seu. A Catarina é uma ingénua perigosa. Eu não quero ser representado por uma ingénua. Tive camaradas que morreram acreditando nas boas intenções de filhos da puta. A Catarina não sabe o que é vida. E é perigosa, porque a vida não é a que a Catarina aprendeu na sua catequese. .Os trabalhadores - os sagrados trabalhadores - são feitos da mesma massa da execrável burguesia. E até da aristocracia. Se a Catarina tivesse lido a História saberia que a burguesia e o povo que apoiaram o Mestre de Avis se transformou na aristocracia e na burguesia que se aliou à Santa Igreja para a Inquisição e para o desastre de Alcácer Quibir, de que se comemora o aniversário por estes dias. O mundo está perigoso e os ingénuos são perigosos. A Catarina é perigosa, como perigosos são os números borrados do PAN. São, na melhor das hipóteses, fedelhos e, como escrevia o António Botto, aos fedelhos dou-lhe conselhos e vou-lhes ao... Estamos numa luta de vida e de morte pela democracia... e nesta caso dos camionistas de combustíveis à la guerre comme à lá guerre. Estamos a lidar com tipos sem lei nem moral... se a sinhazinha Catarina e os seus apóstolos entendem que está em causa o sagrado direito dos trabalhadores à greve, eu por mim, não comungo nessa missa... 

A Catarina e o Bloco de Esquerda são perigosos. Quem toma a tropa de choque do Pardal Henriques como proletários em luta contra a exploração capitalista tem lugar no panteão dos patetas...

Da página do facebook de Carlos Matos Gomes

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