Nós Freamundenses temos amor próprio e orgulho pela nossa terra e suas
colectividades. Gostámos que todas estejam na “mó” de cima. Mas temos que nos
convencer e precaver que não vai ser sempre assim. No que diz respeito ao
futebol (Sport Clube de Freamunde) sabe-se das dificuldades financeiras com que
se depara. E, de há dois anos a esta parte se não fosse a opcção de nos
tornámos num clube SAD andávamos a disputar os campeonatos regionais. Quer
queiramos ou não temos que encarar esta realidade. Senão vejamos.
Freamunde tem uma população de sete mil setecentos e oitenta e
nove habitantes, segundo os censos de dois mil e onze. Deste número teremos
dois mil sócios pagantes? Entendo que não. As quotas, a maioria, regesse por
dois euros e cinquenta cêntimos. Digo maioria porque é esta a quota que pagam
os reformados. Haverá vários que pagam uma quota maior. Mesmo assim estas
quotizações não dão para pagar as despesas da manutenção do clube no que
concerne ao tratamento da relva e seus derivados. Portanto por aqui se vê como
se torna difícil tais despesas.
Porque o maior bolo vai para pagar inscrições de jogadores, ordenados
mensais, quer de jogadores, equipa técnica, médico, enfermeiro, guarda do campo
e pessoal de secretaria.
Sabe-se que a Segunda Liga é bastante deficitária. O seu tipo – só numa
série – torna as deslocações bastante caras. Sendo que numa parte delas tem de
se sair de véspera onde se tem de juntar a despesa com alojamento.
Também temos que adicionar a estes problemas sermos uma terra que não é
sede de concelho o que faz com que os subsídios camarários quase não existam.
E, para mais num período de fortes cortes por parte da Câmara Municipal
derivado à sua situação financeira.
Depois lutamos com equipas, a maioria sedes de concelhos, só Freamunde,
Aves e Cova da Piedade é que não o são, exceptuando as equipas bês. Assim como
a maioria delas já estiveram na Primeira Liga ou Primeira Divisão Nacional.
Acho que só o Freamunde e Cova da Piedade não tem esse estatuto. Por isso
podemos ver o quanto é difícil aguentar este estado de coisas.
Para solucionarmos este problema era a subida à Primeira Liga. Aqui os
subsídios são maiores e é fácil aguentar a manutenção com um planeamento sério.
Por isso é aqui que vou indagar a SAD.
Porque não uma forte aposta na subida de divisão? Já lá estivemos perto
nestes últimos dois anos e se fossemos um pouco mais ambiciosos já lá
estaríamos. Porque não sermos mais ambiciosos este ano? Ainda estamos a tempo.
O plantel tem potencialidades para isso. Não interessa a forma como se
começa, mas sim como se acaba.
Depois é mais fácil, a época estando a correr bem, há mais
contribuições da parte da massa associativa. “Candeia que vai à frente alumia
duas vezes”.
Escrevo este texto com a finalidade de unir e não o seu contrário. Portanto
a todos, Plantel, Corpo Técnico, SAD, Direcção e Massa Associativa vamos dar as
mãos a ver se saímos deste marasmo.
Este é o voto de um Freamundense e, julgo de muitos mais, que derivado
ao seu estado de saúde (coração), não pode estar sempre presente, mas tudo faz
para unir os Freamundenses como já referi em cima.
Vamos lá. Todos por um e um por todos.
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