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segunda-feira, 11 de julho de 2016

Salvé o dia 10/07/2016:

Foi com enorme alegria que após o jogo de futebol entre Portugal e França, final do Euro 2016, não assisti pela televisão, coisas de saúde, mas depois disso fui festejar não com exuberância, pois sou dos que se manifestam silenciosamente. O meu orgulho, que é muito em ser Português, ontem, subiu numa escala que é difícil descrever. 

Para quem é de fora de Freamunde talvez não saiba que este fim de semana comemorou-se nesta pacata cidade a festa em honra do Mártir S. Sebastião. 
Como é normal à noite dá-se o "combate" entre a Banda Musical de Freamunde e a convidada que neste caso era a Banda Musical de Anta. 

Geralmente o concerto é assistido por inúmeras e inúmeras pessoas que gostam de ouvir na despedida as rapsódias em que tocam várias peças de música que estão nos ouvidos do povo. 

E, ontem, ou hoje, porque já passava das vinte e quatro horas, em que parte do público no intervalo de uma peça para outra, ou seja, de uma Banda para a outra, começou a cantar o Hino Nacional.

Em uníssono, todos cantavam o Hino Nacional onde os músicos das duas Bandas também participaram. Foi lindo. Não digo que tivesse sido bem cantado.

Enquanto isso decorria veio-me à memória o antes sete meses. Só havia tristeza entre os portugueses. Não tínhamos ao leme da Presidência da República e do Governo quem nos incutisse esperança. Tudo era sombrio. Agora não. Há quem puxe pelo País como burro pela carroça.

Neste mês e pouco por terras de França não faltou quem incutisse esperança. Foi a Selecção Nacional de Futebol, foi o Presidente da República e Assembleia, foi o Primeiro-ministro e como não podia deixar de ser os emigrantes que labutam por todo o Mundo especialmente em França.

Elevaram o nome de Portugal que há quatro anos andava esquecido. Que andava a ser maltratado por gente pequenina: estrangeiros e vários portugueses.
Depois do jogo e com a vitória de Portugal é que se viu, já não havia dúvidas, do que é sentir este País. De todos os pontos de França, especialmente de Marcoussis, é que demos conta do que é sentir e sofrer este pequeno País. Enorme no seu povo. Que desbravaram o Mundo. Que deram ser a tantas e tantas, hoje, nações soberanas.

E a cereja em cima do bolo aconteceu hoje. Quando o avião aterrou no aeroporto Humberto Delgado era uma multidão imensa à espera que os "heróis, de Saint-Denis se mostrassem. Foi lindo. Quem como eu que se comove com facilidade os pelos do corpo arrepiaram-se. 

Há hora em que estou a escrever este texto estou a ouvir, não dá para ver a RTP 3, a Alameda D. Afonso Henriques é pequena para suster tanta gente. 

E, como disse mais acima, isto era impossível acontecer antes sete meses. 

Não havia como há hoje quem puxasse por este País. Agora sim. Quem está ao leme é do antes quebrar que torcer. Espero que seja sempre assim. Que não venham os velhos do Restelo estragar tudo. 

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