É
verdade este provérbio simples mas que tanto traz para a humanidade. E, é assim
que começo a minha crónica sobre o novo lugar que as feiras quinzenais em
Freamunde, a partir de ontem, começaram a ter lugar num novo espaço.
Como
é sabido - todos os Freamundenses o sabem - que a partir da decisão de doar o
antigo espaço para a construção da Escola Secundária, no lugar do Outeiro, o
espaço das feiras quinzenais ia tornar-se problemático. Ia ser de cedência pois
tanto a Junta de Freguesia de Freamunde como a Câmara Municipal de Paços de
Ferreira não tinha outro terreno seu em lugar apropriado, refiro-me bem
centrado para agradar a feirantes e consumidores. Por que como se sabe uma
feira não vive sem estes dois: feirantes e consumidores.
Assim,
andou-se durante muito tempo ao sabor dos favores de particulares. Mas sabe-se
que assim não é vida nenhuma e quem devia de ter resolvido esta situação era a
antiga Junta de Freguesia de Freamunde afecta ao PSD. Pois foi nos seus
mandatos que este problema surgiu. Mas parece que não interessa. Andava-se como
disse à mercê do dono de terreno.
Até
que chegou o dia em que a proprietária do terreno decidiu vedá-lo e não mais
deixar ali realizar-se mais nenhuma feira. Houve momentos de preocupação tanto
por parte dos feirantes, estes a andarem com a mobília às costas - como se diz
na gíria - e os consumidores sempre à procura do seu abastecedor. Mudavam de
lugar conforme o lugar em que a feira se situava.
Quando
digo que não houve um interesse por parte da anterior Junta de Freguesia
refiro-me a que havia um terreno cedido pela família Alves de Sousa à Junta de
Freguesia do PSD, para este terreno ser incorporado no Parque de Lazer, terreno
esse que confina com o referido Parque.
E
daqui surgiu o tal problema que era o de andar ao sabor do proprietário do
espaço a que vinha se realizando as feiras quinzenais. Como todos os
Freamundenses sabem as obras, que são muitas, que deviam ocorrer no Parque de
Lazer deixaram-se de se realizar por falta de verba.
Assim,
aquele espaço doado pela família Alves de Sousa servia como um amontoado para
entulho e lugar que servia para as Festas Sebastianas queimar o
fogo-de-artifício. Mais nada ali decorria.
Portanto
não houve perspicácia para uma melhor valência desse espaço. Dizem que quando foi
negociada a doação do terreno ficou escrito que esse terreno só podia ser
utilizado para beneficência do Parque de Lazer. Com esta situação andou a
antiga Junta de Freguesia a fazer valer para que nada ali se fizesse. Desde que
não houve mais obras a efectuar no Parque de Lazer, por falta de verbas, porque
não houve uma melhor visão, e fosse pedido à família Alves de Sousa para ali se
realizar as feiras quinzenais?
Se
se andava à mercê de outro proprietário, que nunca vinha a ceder esse espaço à
Junta de Freguesia - vê-se agora o diferendo que mantém com a Câmara Municipal
para doar um pouco de terreno, uns metros -, para benefício de uma nova rua a
construir no centro da cidade. Nada resolveram.
Com
esta situação ficou a Câmara Municipal e Junta de Freguesia actuais de ter de
resolver. E não demorou muito. Desde a proibição da proprietária não passou
muito tempo a que Junta de Freguesia e Câmara Municipal resolvessem o que a
antiga Junta de Freguesia afecta ao PSD não resolveu.
Ontem
com a inauguração do novo espaço para a feira via-se os rostos sorridentes de
feirantes e consumidores. Maior espaço, melhor aconchegamento. Por isso o
título que dediquei a esta crónica: Água mole em pedra dura tanto dá que até
fura.
E, é bem verdade. Basta haver um bom sentido do dever do serviço público.
E, é bem verdade. Basta haver um bom sentido do dever do serviço público.
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