Rádio Freamunde

https://radiofreamunde.pt/

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Ei-lo que parte:

Foi uma alegria, por parte dos avós paternos do Diogo, quando no dia vinte e sete de Junho nos deslocamos a La Ricamarie, cidade Francesa, próximo de S. Étienne, com a finalidade de trazer o Diogo para passar as férias escolares junto de nós. A alegria foi dupla pois o Diogo há um ano que não vinha a Portugal. Mais a mais vinha passar as festas Sebastianas, coisa que ele adora e não lhe sai do pensamento, por isso a alegria que sentiu quando o avião iniciou a viagem.

Chegado cá, habitou-se logo às brincadeiras que as crianças portuguesas praticam e, juntamente com o meu outro neto Duarte, seu primo, era unha com carne. Dava gosto vê-los brincar. As coisas decorriam normalmente, mas sabíamos que o findar das férias, de dia para dia ia minguando. É como se diz: depois da bonança vem a tempestade e vice-versa.
Os pais do Diogo não vieram a Portugal passar as férias mas todos os dias através do telefone ou do Facebook entravam em contacto com ele ou o Diogo com eles. Sentia-se as saudades de parte a parte.
Os dias decorriam normalmente. Os avós maternos vieram passar as férias a Portugal com o intuito de o levar de carro de volta a S. Étienne porque os seus pais tinham mudado a residência para aquela cidade que foi um dos motivos porque não vieram passar as férias a Portugal.
O Diogo na vinda de férias veio de uma casa e agora no regresso vai para outra. Assim como a mudança de escola primária. É o transtorno que os emigrantes sofrem. O Diogo é uma criança que faz a trinta de Dezembro nove anos. Com esta idade já sabe o transtorno que a vida nos reserva.
Mas é uma criança que se adapta facilmente a certas situações. E tem de ser assim para mais tarde se tornar num homem. A despedia, hoje, tornou-se difícil. E… não era para menos. Por isso aquela lágrima teimosa que rolou pela minha face e da minha esposa quando vimos o Diogo e o Duarte abraçados e a chorar. É como disse no parágrafo acima que as despedidas são difíceis. Mais a mais quando a separação é longa.
Ainda há poucas horas que partiu, neste momento ainda vai em viagem, já se sente a casa vazia e triste. O Diogo e o Duarte com as suas traquinices enchiam-na de alegria e de que maneira.
Estamos eu, a minha esposa, a Sónia, sua tia e o Duarte, desde já a contar os meses, dias e as horas que faltam para mais uma vinda para passar as férias escolares de dois mil e quinze. Oxalá que esse dia chegue depressa porque a poucas horas da sua partida as saudades são imensas.                 

Sem comentários:

Enviar um comentário