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sexta-feira, 7 de março de 2014

Nacos de vida. Poesia de Rodela:

A vingança dum cobarde

Quanto mais meu galo canta
mais o quero ouvir cantar,
porque a mim, o que me espanta
é o prazer de me acordar.

Quer o sol já venha alto,
quer a lua esteja cheia,
ele acorda em sobressalto
e desperta às sete e meia.

E só quando eu me levanto
é que a corda desse encanto
perde de novo a folia.

Mas um dia, eu, cobarde,
só porque ele acordou tarde
fi-lo cantar todo o dia!

Do livro Nacos de vida
Poesia de Rodela

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