A vingança dum cobarde
Quanto mais meu galo canta
mais o quero ouvir cantar,
porque a mim, o que me espanta
é o prazer de me acordar.
Quer o sol já venha alto,
quer a lua esteja cheia,
ele acorda em sobressalto
e desperta às sete e meia.
E só quando eu me levanto
é que a corda desse encanto
perde de novo a folia.
Mas um dia, eu, cobarde,
só porque ele acordou tarde
fi-lo cantar todo o dia!
Do livro Nacos de vida
Poesia de Rodela

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