Julgo que é uma comparação acertada. Ambos propagandeiam artigos de
baixa qualidade mas fazem-no no intuito de angariar quem acredite ou compre. O
propagandista de feira começa por o mostrar, atribui-lhe um preço, sempre com
intenção de o baixar. Começa por dez vêm para cinco e vende-o por quatro. As
pessoas iludem-se e acabam por comprar pelo dobro do preço que custou ao
propagandista.
Esta moda ou uso serve de maneira para cativar o público à sua volta.
Há propagandistas que ao iniciar o seu trabalho atira certos artigos para o
meio do público para reunir a maior presença ou chamar outros mais. Quando vêem
que o ambiente está montado começam com a sua lengalenga. Nada é gratuito. E
não há nenhum propagandista mudo.
Assim como o propagandista que primeiro encena o ambiente também o
governo o faz. Propagandeia os projectos-lei que quer pôr em prática, com “custo”
elevado, para ver até onde pode ir. Depois de ver que o efeito foi contrário
reduz ou retira esse projecto-lei. Quando não os tem que meter na gaveta. Aconteceu
com tantos! Até com os cães e gatos.
Por isso é natural dia sim, dia
sim, os ministros virem propagandear certos projectos-lei para depois baixar o
“preço” deles por falta de “compradores”. Estou como dizem certos politólogos
que o governo é uma sucursal de propagandistas. Todos os dias vem para as
“feiras” com artigo de baixa qualidade ou contrafeito. Como não encontra
público para “comprar” atenta em que não há outro remédio.
Volvidos dias dizem que há um mal-entendido ou que não se explicaram
bem. Esta tese faz-me lembrar os trolhas a atirar o barro à parede. Se ele pega!
Tudo bem… Se não pegar. Apanha-se e põe-se na talocha para ser usado noutra
ocasião. Conheço vários propagandistas que toda a vida o foi. A maioria dos
membros deste governo noutros tempos, foram da extrema-esquerda ou anarquistas e
hoje são neoliberais.
Ao contrário do propagandista que passa ou passou as passas do algarve
para subir na vida o membro do governo mete-se em qualquer jota e ainda moçoilo
ali tem lugar. Não interessa se sabe ler ou escrever. O que interessa é ter
bons padrinhos.

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