Todos ou quase todos portugueses ontem depois do jogo Suécia x Portugal
a contar para o play-off do Mundial de Futebol a disputar em dois mil e catorze
no Brasil se rejubilaram com o feito da Selecção Nacional. Cantavam, dançavam e
diziam maravilhas. Mas se o feito fosse ao contrário os mesmos teciam os
maiores impropérios. Não custa nada cantar vitória. O que custa é compreender e
aceitar a derrota. Toda a comunicação social, escrita, vista e falada vieram
logo com imagens, tom de fala e letras garrafais tornarem-se quase “donos”
deste feito. Esqueceram o que disseram noutras ocasiões de infortúnio. Não
pouparam Cristiano Ronaldo e companhia, incluindo Paulo Bento. Se fossem mais
precavidos e dessem mais alento nas horas más a quem precisa de estímulo talvez
não fosse preciso a Selecção viver horas de angústia. Nos bons momentos todos
os santos ajudam, como se usa dizer. O pior é os maus momentos. As aves de
agoiro aparecem logo. O que era bestial passa a besta e o seu contrário. Foi o
que aconteceu.
Estou a escrever isto e desde já faço uma declaração de interesses.
Gosto de três clubes portugueses: S. C. Freamunde, C. F. Os Belenenses e
Selecção Nacional de Futebol. Para mim são os clubes do meu coração. Alegro-me
com as vitórias e sofro com as derrotas. Sofro para mim. Não atribuo culpas a
ninguém porque sei o quanto querer vai na alma de treinadores e jogadores. Se
houver sucesso são eles que lucram com ele. Se houver desaires são eles os
prejudicados. A nós espectadores ou telespectadores nada custa comentar uma
jogada mal sucedida. Seja na bancada do estádio ou na poltrona de casa em
frente à televisão temos logo remédio para o insucesso. Somos uns ases.
Nas nossas profissões cometemos erros e esses erros advém mesmo com
conhecimento do que estamos a fazer. Porque nas nossas profissões temos
conhecimento prévio do que vamos realizar. No futebol é tudo uma caixinha de
surpresas. Não temos hipóteses da mesma jogada duas vezes. Se assim fosse
corregia-se o erro. Mas, nestes dois jogos com a Suécia os jogadores erraram
pouco. E quando se erra pouco é-se contemplado com o sucesso. Foi o que
aconteceu ontem. Foi uma festa.
Não vou fazer destaques individuais. Portugal valeu-se pelo seu todo.
Embora reconheça o quanto é gratificante ter um Cristiano Ronaldo. Vou fazer um
destaque a uma terra e a um clube: Freamunde e S. C. Freamunde. O quanto dá
orgulho ver naquele meio um seu filho: Antunes de seu nome. Nado e criado nesta
terra e clube que a representa é um prazer vibrar com tão humilde jovem.
Calcorreou a vida a custo. Aliás é lema de quem nasce naquele lugar: Gandarela.
Quem ali nasceu sabe ao que me refiro. Foi ali que nasci. Calcorreou a passo,
corridas, fintas e remates as classes mais jovens do S. C. Freamunde. Teve
sucessos e insucessos. Nunca desistiu. Soube enveredar pelo profissionalismo.
Com a sua tenácia e humildade chegou onde sempre qualquer jovem sonha: Selecção
Nacional.
E, ontem quando entrou em campo a substituir Fábio Coentrão senti uma
imensa alegria, aliás, como já tinha sentido noutros jogos mas, neste foi
maior, porque era um jogo decisivo e este precisava de uma boa prestação do
jovem Freamundense. E… deu-a. Digo jovem porque é assim que o vejo. E… os
Freamundenses, julgo eu, sentiram o mesmo.
Lembraram-se do quão importante é possuir as várias classes de jovens
que praticam desporto ao serviço do S. C. Freamunde. Não é qualquer clube
modesto como o S. C. Freamunde se orgulha de ter contribuído com vários
jogadores internacionais. Sendo claro que o nome mais sonante seja Antunes. Há
outro que merecia uma chamada à selecção. Também nado e criado nesta terra e
clube. Pelo campeonato que fez o ano passado ao serviço do F. C. Paços de
Ferreira merecia essa chamada. Falo de André Leão. Tal como Antunes, julgo eu, tinha lugar naquele
grupo.
Ontem com a entrada de Antunes lembrei esta terra e clube.
Por isso o orgulho que sinto por este País mal governado e mal dirigido que mesmo assim mostra ao Mundo de que matéria é feita esta raça de Lusitanos.
Ontem com a entrada de Antunes lembrei esta terra e clube.
Por isso o orgulho que sinto por este País mal governado e mal dirigido que mesmo assim mostra ao Mundo de que matéria é feita esta raça de Lusitanos.



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