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quinta-feira, 16 de maio de 2013

A fé dura e perdura nas hostes benfiquistas:


Então o que tens a dizer ao jogo do Benfica frente ao Chelsea – perguntou o João da “Isaura” ao Quim “Fala-barato”. 
- O que queres que te diga? - Respondeu o Quim “Fala-barato. Estamos em maré de azar. O fatídico, minuto noventa e dois, no Dragão e agora em Amesterdão. Há dias na conversa que tivemos falou-se das fatídicas últimas três jornadas. Agora aparecem estes fatídicos últimos minutos.
- Não estou de acordo contigo - respondeu o Zé “Parafuso” que se tinha juntado uns minutos antes mas a tempo de ouvir a conversa sobre as fatídicas três jornadas e minutos. Fatídico foi o minuto setenta e dois no dia vinte e cinco de Janeiro de dois mil e quatro em que Fehér caiu inanimado e daí finou-se. Isso é que é fatídico. Perder uma final não é o mesmo que uma vida humana. Por isso não considero fatalidade nenhuma. Há mais finais e pelo jeito que jogamos e como a equipa se tem portado vamos estar em mais algumas. O que interessa é manter o Jorge Jesus, esta direcção e a maioria do plantel, mais um ou outro reforço, e vais ver o espanto que vamos criar na Europa.
- Mas achas que a massa associativa não se vai opor à continuidade de Jorge Jesus? - Perguntou o Quim “Fala-barato”. Sabes que o mal do Benfica é que todos querem mandar e estou com medo do Luís Filipe Vieira em bater com a porta.
- Acho que não - respondeu o João da “Isaura”. Ele não é dos que teme. Aliás, é dos que gosta de confrontos. É dos que subiu a pulso na vida. Prevejo com ele ao leme do clube grandes sucessos. Quando para ali entrou, o Benfica estava na bancarrota como agora está o País e, vejam a projecção que granjeou.
- O clube não se vê só pelos títulos! Também se vê pelo seu património material e humano - acrescentou o Zé “Parafuso”.
- Por isso é que muitos roem as unhas de inveja - retomou o João da “Isaura”. Há anos que ganhamos poucos troféus mas continuamos enormes!
- Mas… ganhamos noutros campos, não me refiro aos do jogo, - entrou novamente o Quim “Fala-barato” na conversa. Mais associados, mais casas do Benfica dispersadas pelo País e pelo Mundo, a Benfica-TV, em que outros nos querem imitar mas não têm cabidela, não me estou a referir ao arroz, mas sim ao guito, o respeito quer a nível da FIFA e da UEFA. Isto não é do pé prá mão que se consegue! Leva anos! Todos nos lembramos como o Vale de Azevedo deixou o clube e as finanças.
- E quem é que teve de dar a cara! O Manuel Vilarinho só projectou o clube e o Luís Filipe Vieira é que arcou com tudo - acrescentou o Zé “Parafuso”.
- Por isso é que digo que tenho receio que ele se vá embora e nos aconteça o que aconteceu ao nosso vizinho e rival Sporting - estas palavras foram proferidas pelo João da “Isaura” - que até ali só se limitava a abanar a cabeça em concordância com tudo que era dito. Aliás, é homem de poucas palavras mas de muitas acções. Foi ele que na sua terra conseguiu a abertura da casa do Benfica. Que emoldurou as paredes com quadros evocativos sobre os feitos do Benfica ao longo da sua história. Ali também emoldurou uns escritos, uns dizem que foi ele que os escreveu, outros dizem que não tem estaleca para tal. Rezam assim:
- “Uma guerra, qualquer louco, a pode promover. O que precisa é de homens e armas para a luta. Sabe de antemão que vai ser falado, seja por bons ou maus motivos. 
Não ganhou uma série de batalhas, para ser eleito e entrar nessa guerra. Foi logo à primeira. 
De uma maneira ou outra entra para os anais da história. Seja como vencedor ou vencido. Sempre que o vencedor é falado também ele é recordado.
No futebol é diferente. Tem de vencer uma série de etapas: eliminatória atrás de eliminatória até chegar à final. Depois há noventa ou cento e vinte minutos ou os fatídicos penaltis. 
Uma guerra não tem tempo limite. Acaba quando o opositor cair por terra ou se rende. 
No futebol há tempo limite. Se o adversário cai por terra há sempre uma mão para o levantar. Vencedor e vencido sobem à tribuna de Honra para serem galardoados.
Sempre que se fala nessa final fala-se dos dois intervenientes. É assim que reza a história do futebol. 
Quem dera à maioria dos clubes da Europa o historial do Glorioso”. Assim termina a "narrativa".
- Neste aspecto damos cartas a nível da Europa. Não é qualquer equipa portuguesa que se orgulha do nosso palmarés. O motivo que os leva a criticar é a inveja do nosso historial - estas palavras eram ditas com emoção pelo Quim “Fala-barato”.
- É ver como a Europa se rendeu ao bom futebol praticado pelo Benfica no jogo de ontem frente ao Chelsea! - Exclamou o João da “Isaura”.
- E, não ouviram o que o Jorge Jesus disse sobre o Cruijff! Que lhe deu os parabéns pelo bom futebol praticado e disse que é desse futebol que é adepto. Portanto o que é preciso é estar presente nas finais. Porque só assim é que a plateia do futebol europeu toma conhecimento do bom futebol que o Benfica pratica - rematou o Quim “Fala-barato”.
- Estava a ver que ias dizer em Portugal - interrompeu o Zé “Parafuso”. 
- Nem penses! - Continuou o Quim "Fala-barato". A não ser o Glorioso quem é pratica assim futebol em Portugal! É o Porto ou o Sporting? Só tem havido uma equipa que se assemelha ao bom futebol do Benfica este ano que é o Paços de Ferreira.
- Não fales nisso - disse o “João da "Isaura". Para mal dos meus pecados já me basta a descida do nosso Sport Clube Freamunde.
- O que queres que se faça! - Argumentou o Zé "Parafuso". Mais tarde ou mais cedo sabíamos o que nos ia acontecer. O futebol é isto mesmo: êxitos e fracassos, subidas e descidas. Por isso gera amor e ódio. E sabes o ódio que o Glorioso desperta em certas bandas.  

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