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quinta-feira, 26 de julho de 2012

O Dia dos Avós:

“Constitui uma homenagem aos avós de todo o mundo e celebra-se a 26 de Julho de cada ano. A escolha deste dia tem a ver com o facto de este ser o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo. O Dia dos Avós tem como objectivo destacar e promover o papel dos avós no seio da família - muitas vezes, os avós são o suporte afectivo e financeiro de pais e filhos - como muitas vezes se diz, os avós são pais duas vezes.”
Ainda me lembro dos meus. A Isabel Pacheco e o António Pacheco por parte da minha mãe. Da parte do meu pai recordo-me pouco. O meu pai era filho de mãe solteira e foi criado pela avó. Até aqui o meu pai sentiu o efeito avó.

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Da minha avó paterna as recordações são vagas. Lembro-me que veio morrer a casa dos meus pais. Depois de abandonar o meu pai recebeu como lição o amor filial.
Ia com frequência a casa dos meus avós maternos. Viviam em Freamunde de Cima numa casa simples como simples que eram. Em sua casa vivia uma filha com uma rima de filhos. A casa era de reduzidas dimensões e quando ali ia via as dificuldades com que viviam. Em minha casa passava-se o mesmo mas éramos só nós a habitá-la, excepção aos dois anos, em que a minha avó paterna ali esteve acamada até à sua morte.
A minha avó materna morreu, eu tinha dezasseis anos, quando morreu a paterna, eu teria nove, dez anos. O meu avô materno, único que conheci, passados dois anos da morte da minha avó também morreu. Por isso fiquei cedo sem avós. Naquele tempo a provalidade de vida era baixa.
Hoje derivado ao nível de vida as pessoas duram mais tempo e chegam-se a juntar na mesma família netos e bisnetos. Coisa rara noutros tempos. Tenho dois. Um da minha filha e outro do meu filho.
Derivado às dificuldades da vida em que os pais têm de trabalhar para fazer face a essa mesma vida, os avós são quem criam os netos. Temos tempo e carinho para lhes dedicar e ao contrário do que acontecia com os meus avós que tinham entre todas as suas filhas um rancho de netos eu só tenho dois.
Conto-lhes peripécias desses tempos e eles ficam admirados. Das nossas brincadeiras, em que o pião, a roda de verguinha ou o aro da bicicleta, o jogar à bola, em que esta era de trapos e roubados às nossas mães, o jogar aos botões, ao esconde, esconde, ao quem me livra, um sem número de coisas que inventávamos.
Mas estamos a retroceder. Os nossos (des) governantes parece que os quer levar para esse tempo. Sei que os netos deles não vão ter essa desdita porque antes disso os seus avós já amarfanharam o bastante para que isso não aconteça, quer em leis quer em mordomias.

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